“…tenho certeza que a minha vida mudou desde o dia em que a minha mãe conheceu a Igreja Messiânica…”

🙎🏾‍♂️ GABRIEL PINTO DA COSTA MUSSANE

CENTRO DE APRIMORAMENTO DE MAPUTO
MAPUTO
MOÇAMBIQUE

Tenho 12 anos de idade e sou frequentador.

Conheci a Igreja Messiânica em 2021, através da minha mãe, Dulce da Graça Monteiro da Costa.

Eu sou Autista, portanto sofro de Autismo, que é um transtorno no desenvolvimento do cérebro, que afeta a capacidade de relacionamento com pessoas e o meio ambiente.

Por conta da minha condição especial, eu só comecei a falar com quase 8 anos. Deixei de usar fraldas aos 6 anos de idade. Até aos 7 anos, eu só comia arroz branco, batata cozida, massa esparguete fervida apenas com sal, isto é, tudo sem nenhum molho, pois algumas pessoas com a minha condição, têm uma sensibilidade extrema para texturas dos alimentos e eu era uma delas.

Este transtorno me foi diagnosticado aos 3 anos e meio de idade e daí em diante os meus pais fizeram de tudo para encontrar formas de amenizar a minha condição, uma vez que o Autismo não é uma doença, por isso não tem cura, é uma condição que mediante algumas terapias e adoção de certos hábitos, pode tornar-se mais fácil a vida dos Autistas.

As creches e escolas reclamavam de mim, pois ainda existe um certo preconceito com relação a pessoas especiais e também porque eu não falava, não brincava com as outras crianças, usava fraldas sendo que não tinha mais idade para isso e muitos outros factores que assustavam as pessoas, pois muitas vezes meus pais tinham que me mudar de escola ou pagar um valor extra para que as cuidadoras tivessem mais paciência comigo.

Nós vivíamos numa outra Província e vínhamos periodicamente a Maputo para fazer as minhas terapias “tratamentos”, até que a minha médica aconselhou os meus pais a mudarem-se para Maputo para que as terapias pudessem ser mais eficientes.

Quando comecei a frequentar a Igreja Messiânica eu já falava, mas ainda com muitas limitações e dificuldades, pois apenas para responder, caso alguém perguntasse algo, nunca por iniciativa própria.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com o poder do Johrei, mesmo sem perceber o que era.

Por conta da híper sensibilidade característica dos Autistas, eu não gostava de vir para a Igreja, por ser um lugar com muita gente, muito barulho, música e gente a falar no microfone, tudo isso era muito doloroso para mim. No princípio, a minha mãe colocava-me tampões nos ouvidos, mas mesmo assim eu tinha que colocar as mãos nos ouvidos para aguentar a dor que o barulho me causava.

Participava na marcha do Johrei antes dos cultos e depois dos cultos, nas dedicações do Polo, pois sempre que possível, minha mãe levava-me, meus pais davam-me dinheiro para os donativos e quando eu não vinha à Igreja, sempre fazíamos a oração em casa com o donativo que acumulávamos para trazer à Igreja no Domingo;  junto com os meus irmãos, faço a distribuição de flores na escola e no prédio onde moramos.

Algumas vezes faço muito contrariado, sem vontade, apenas para obedecer a minha mãe.

Entretanto, de 2021 para cá, depois que comecei a receber Johrei, recebi várias graças das quais passo a citar algumas:

* Nunca mais precisei fazer nenhuma terapia extra com a minha psicóloga, faço apenas algumas terapias na escola;

* A minha alimentação mudou completamente, hoje em dia já como quase tudo: carnes, verduras e algumas frutas;

* Já tenho alguns amigos na escola e interajo muito bem com eles;

* Já não preciso usar tampões nos ouvidos em lugares públicos;

* Escuto música e até danço sem sentir dor com o “som”;

* Passei para a 6ª classe e estudo numa escola inclusiva normal, numa turma com meninos atípicos (normais) e sou um bom aluno.

* Percebo o que as pessoas falam e respondo (apesar de ainda não gostar muito de conversas longas) mantenho conversas curtas;

* Faço a minha higiene pessoal sozinha;

* A minha coordenação motora melhorou bastante, que já consigo fazer tarefas como atar os atadores, fechar botões, coisas que eram impossíveis para mim por conta da minha condição.

Agora, as pessoas olham para mim e já não sentem preconceito ou pena, os que não me conhecem nem se apercebem que sou diferente.

Até hoje não entendo o Johrei, a enchente de pessoas na Igreja, ainda me faz um pouco de confusão, mas venho porque tenho certeza que a minha vida mudou desde o dia em que a minha mãe conheceu a Igreja Messiânica.

Os meus irmãos gémeos pediram aos meus pais para receberem o Sagrado Ohikari, meus pais aceitaram, mas a minha mãe disse que primeiro farão o donativo para mim e depois para eles, assim, ganhei a permissão da minha mãe iniciar com o donativo para que eu receba o Sagrado Ohikari.

Depois de receber o Ohikari, o meu compromisso é de levar a luz do Messias Meishu-Sama ao maior número de pessoas, para que todos possam ser salvos pelo Johrei como eu fui salvo.

A todos que escutaram o meu relato de fé, endereço a minha mais profunda gratidão.

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