“…somos nós quem criamos o paraíso, na família, no local de trabalho, na escola ou em qualquer outro local…”

🙎🏿‍♀ZULMIRA FILIPE SOARES

JOHREI CENTER CABOLOMBO
NORTE-SUL
LUANDA
ANGOLA

Sou Líder de Jovens e dedicante do Servir.

Conheci a Igreja Messiânica por intermédio da minha mãe, membro desta Igreja.

Quando eu era mais nova, não gostava de ir à Unidade Religiosa, muitas vezes ia por obrigação da minha mãe e se fosse, contava os minutos para voltar para casa. Isso também se devia pelo facto de, na altura, ser muito tímida e não conseguia socializar-me com os outros jovens. Porém, quando fosse aos cultos mensais na Sede Central, aí eu ficava muito feliz e emocionada, por saber que ouviria o Presidente a palestrar, pois o tinha e continuo a tê-lo como um ídolo e uma referência no campo do servir, querendo ganhar a permissão de elevar também a minha sabedoria a esse nível.

Fui outorgada aos 10 anos de idade e tinha dificuldades para cumprir as práticas básicas. Com relação ao Johrei, eu só o ministrava na Igreja, mesmo a minha mãe estando a purificar, pedindo, eu não ministrava. Realçar que em menos de 1 ano, o meu Ohikari purificou.

Em casa, cometia erros como filha, tais como: dificuldades para fazer os deveres de casa e falta de humildade. Em uma das marchas realizadas na Sede Central, tive a permissão de ministrar mais de 10 Johrei, o que não acontecia desde que me havia tornado membro. Já em casa, comecei a purificar com prisão de ventre e muito frio; passados alguns minutos, incorporou um espírito que me advertiu sobre as minhas falhas na Obra Divina. Depois desse episódio, fiquei com medo e com dificuldades para dormir, pois antes, eu já ouvia vozes ao dormir, situação que me deixava incomodada.

No dia seguinte, na Unidade Religiosa, ao falar com o responsável, este orientou-me algumas práticas básicas, incluindo a leitura de mais de 400 páginas de ensinamentos de Meishu-Sama para leitura diária. Neste período, o meu Ohikari voltou a purificar; em um mês, terminei de ler todas as páginas e ao encontrar-me com o Responsável, este perguntou-me o que eu havia aprendido, dizendo-me que existem leituras realizadas na forma, mas a verdadeira leitura deve ser feita através da alma.

Já com o Ohikari reconsagrado, mesmo com dificuldades, passei a esforçar-me para entender a filosofia e os ensinamentos de Meishu-Sama; aprofundava na limpeza de casa, especialmente no quarto dos meus pais. Realçar que, vivia com mágoa do meu pai, então sempre que realizasse a limpeza, imaginava que estivesse a limpar o meu coração.

Com o passar do tempo, despertei para o servir, ganhando força nas dedicações, participava nos desafios de orações e dedicava todos os dias de manhã na Unidade; graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama, a mágoa que sentia do meu pai foi ultrapassada de forma natural, hoje temos uma boa relação.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com o meu empenho nas dedicações.

Na fase final do ensino secundário, passei a dedicar como assistente do Líder Terra na Unidade. Tive a permissão de aprender a fazer relatórios, interagir com os jovens e criei amizades, que hoje considero família.

Por outro lado, estava indecisa sobre qual formação fazer no ensino médio, pois não sabia o que queria ser de concreto, mas em conversa e por influência do meu tio, escolhi Gestão Empresarial. Na 12ª classe, enfrentei dificuldades para começar o ano letivo, ficando um mês sem estudar e estava muito triste com a situação; tendo muito tempo livre, decidi doar esse tempo empenhando-me na Obra Divina; participava todos os dias do desafio de orações na unidade e marchas de Johrei às quartas-feiras na Sede central, tive a permissão de realizar também visitas nas casas dos fiéis, encaminhamento e distribuição de flores. Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama, ganhei a permissão de nesse período, passar a dedicar como servidora na Sede central de África.

Na Unidade religiosa, fui nomeada como encarregada dos candidatos a outorga, mais tarde como encarregada do ensino; ainda junto de outros missionários, tive a responsabilidade e o compromisso de passar a fazer os relatórios mensais da Unidade.

Tive a permissão de defender o meu trabalho de fim de curso, na qual tive 13 valores, nota que me deixou revoltada e muito triste pois achei injusto, uma vez que me havia preparado muito. Lembro-me que o Júri disse que faltou mais humildade no grupo. Relatei o ocorrido ao meu Superior, que me disse para não lamentar e sim agradecer porque Deus sabe o que faz e que aquela nota era para treinar a minha humildade.

Portanto, fruto do meu empenho nas dedicações, obtive algumas mudanças que passo a relatar:

-Tive a permissão de estagiar numa empresa quando ainda estava no ensino médio e no mês de Janeiro do ano em curso, fui chamada pela empresa para voltar a estagiar, sem garantias de nada; aceitei e durante a conversa com a gerente, eu disse-lhe que o mais importante para mim são os aprendizados e a experiência de trabalho.

– Estava com dificuldades de realizar marchas de visitas, então na época de pausa pedagógica, junto dos jovens, realizamos várias atividades e na primeira marcha tivemos a permissão de distribuir 85 flores; no dia seguinte, fui surpreendida com um valor monetário dado pela empresa, dizendo que passaria a ser a minha remuneração mensal. Passados alguns meses, ganhei a permissão de trabalhar no Sector de Relações Públicas da Empresa. Tenho levado flores e quando não levo, a Gerente cobra-me;

– Estou a cuidar de uma casa com 4 frequentadores, onde após sair do trabalho, passo para realizar assistência; a família está a despertar, inclusive a menina de 10 anos mostrou interesse de dedicar na área do servir.

– Tive a permissão de formar 7 jovens no servir, dos quais 4 têm dedicado atualmente com afinco.

Como Jovem Messiânica, desejo envolver o maior número possível de pessoas, para que juntos possamos construir o Paraíso Terrestre.

Tenho feito os donativos diários, dízimo e donativo de construção, participo das atividades dos jovens, desafio de oração e tenho cumprido com o meu plantão na unidade.

Com essa experiência aprendi que, somos nós quem criamos o paraíso, na família, no local de trabalho, na escola ou em qualquer outro local, porque temos a base de tudo para sermos felizes, basta mudar a nossa maneira de pensar e agir, vivendo de acordo com a lógica na fé.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, pela permissão de conhecer este maravilhoso caminho da salvação.

Muito obrigada!

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