“…que ouvir as dificuldades de outras pessoas ajuda-nos a fortalecer espiritualmente…”

🙎🏿‍♀ LUZIA CANHANDI JOSÉ GUILHERME

CENTRO DE APRIMORAMENTO DE BENGUELA
NORTE-SUL
BENGUELA
ANGOLA

Resido em Benguela, no Bairro 11 de Novembro. Sou missionária e dedico como encarregada provincial do setor de Sorei-Shaishi.

Conheci a IMMA no dia 02 de agosto de 2006, por intermédio do missionário Tomás Celestino Amadeu.

Os motivos do meu encaminhamento à fé messiânica foram a doença e o conflito. Com o cumprimento das práticas básicas, o problema passou. Em gesto de gratidão, no mesmo ano, tornei-me membro para melhor ser útil à obra divina.

A experiência de fé que passo a relatar para os senhores está relacionada com o comprometimento da missão.

Em 2019, após participar na vigília, o senhor ministro perguntou-me se já havia feito uma reflexão profunda. Respondi-lhe que sim, mas de forma parcial, e, sendo assim, ele orientou-me a escrever num caderno o historial da minha vida desde a infância até a fase adulta. No entanto, quando lhe apresentei o caderno, lemos juntos, e, por conseguinte, ele orientou-me a peregrinar no Polo Agrícola do Culango. Confesso que, de princípio, hesitei, pois sentia dor de cabeça, mas ao tomar a decisão de ir para lá, a dor de cabeça passou. Fui convidando alguns membros e também levei a equipe do Sorei-Shaishi.

Depois de algum tempo, assumi a tarefa de vice-responsável da área administrativa da unidade. Fui aprofundando no setor do Sorei-Shaishi, realizávamos marcha de distribuição de flores, encaminhamento e esclarecimento nas diversas unidades religiosas. Como resultado, reencontrei na igreja um jovem que já havia conhecido muitos anos atrás. Ele declarou-se, dizendo que gostava de mim. Comuniquei ao senhor ministro, fizemos oração no altar do Supremo Deus Messias Meishu-Sama, depois o apresentei ao senhor ministro e começamos a namorar. Em 2021, ele fez a apresentação, e no ano seguinte casamos pelo civil e religioso. Em 2023, ele se tornou membro da igreja e, fruto da nossa união, dei à luz um lindo bebê.

Depois, não consegui conciliar as duas coisas, enfraqueci na fé e abandonei a minha missão durante um ano. Entretanto, como advertência, meu Ohikari caiu na água, tive que ser imediatamente reoutorgada e assumi o compromisso de dedicar na rede de salvação do meu bairro. Mesmo sendo um terreno vazio, realizava atividade de encaminhamento de pessoas, fui envolvendo outros fiéis, fazíamos marcha de distribuição de flores ao redor e a oração de desafio às 6 horas. Com isso, ganhei força espiritual e nasceu em mim o sentimento de materializar um donativo de esforço máximo. Meses depois, descobri que estava grávida. No início deste ano, quando tinha completado 4 meses e algumas semanas de gestação, de repente, não sentia o movimento do bebê. Fui à igreja, materializei um donativo de agradecimento pela purificação e, a seguir, fui ao hospital. Ao me observarem, viu-se que o bebê já estava morto no útero há duas semanas. Rapidamente, minha irmã comunicou ao senhor ministro, e juntos fizeram oração no altar do Supremo Deus Messias Meishu-Sama. Graças a Deus, consegui expulsar, e duas semanas depois recuperei.

Certo dia, o senhor ministro pediu-me que fosse ao seu encontro no Johrei Center do Largo do Colégio Angolano. Ao chegar lá, ministrou-me bastante Johrei e convidou-me a participar no curso de teologia e reassumir a missão no setor do Sorei-Shaishi. Aceitei com muita satisfação. Portanto, com base na orientação do presidente em aprofundar no Sorei-Shaishi, no mês passado o senhor ministro traçou algumas atividades a nível dos Johrei Centers da província, nas quais entrevistamos 157 membros, fizemos 38 Sorei-Shaishi em 11 solicitantes e marcações dos cultos de Nensai e Ireissai.

Encontramos várias dificuldades a nível dos membros, que passo a mencionar:

  • Muitos membros faziam Sorei-Shaishi dos abortos não com sentimento de gratidão, mas sim para resolver problemas, e alguns não realizavam cultos de falecimento;
  • Alguns membros que estão na fé há mais de 20 anos nunca fizeram Sorei-Shaishi por falta de compreensão;
  • Alguns membros assentam familiares sem terem certeza de que partiram para o mundo espiritual.

Por outro lado, também obtivemos as seguintes ocorrências:

  • Um membro, após a sua esposa ter partido para o mundo espiritual, arranjou uma outra companheira. Sempre que ele estivesse no momento íntimo, a sua falecida esposa aparecia no meio deles, o que originou conflito no lar. Após ser entrevistado, a encarregada orientou-o a materializar um donativo de pedido de perdão e comprometer-se em fazer o Sorei-Shaishi. Depois de alguns dias, ele cumpriu, e ligou-nos dizendo que o seu lar se tornou paradisíaco.
  • Um casal de membros, onde a esposa perdeu força espiritual, não dedica, e o seu Ohikari desapareceu. Durante a entrevista, o esposo disse-nos que nunca havia assentado os sogros porque a sua esposa dizia que cada um deve assentar seus antepassados. A encarregada pediu-lhe que ligasse para a esposa para que ela viesse ao nosso encontro. Depois de 20 minutos, ela apareceu. De realçar que ela é membro há mais de 12 anos e nunca tinha feito Sorei-Shaishi. Porém, esclarecemos-lhes que, para manter a ordem no lar, o casal deve unificar o Sorei-Shaishi. Depois, eles fizeram o assentamento dos espíritos dos pais dela no número de solicitante do esposo.
  • Uma encarregada do setor, cuja filha estava a purificar com febre alta, no segundo dia pensava em levá-la ao hospital, mas depois decidiu primeiramente ir à igreja cumprir a sua missão. No momento em que estava a entrevistar, a sua bebê vomitou e a febre passou.

As mudanças também se repercutiram em minha vida. Eu, que vivo numa casa que havia construído na primeira relação, após ter contraído matrimônio, o senhor ministro orientou-me a construirmos uma nova casa. Perguntava-me como iríamos conseguir. Fui agradecendo, entregando nas mãos do Supremo Deus Messias Meishu-Sama. Depois de uma semana desta atividade, minha irmã comunicou-me que estavam a vender uma casa em obra no valor de 850.000,00 Kz, mas o intermediário só queria vender para uma pessoa conhecida. Meu esposo rapidamente pagou 50%. O proprietário orientou-nos que o restante valor fosse pago em duas parcelas, a partir dos meses de setembro e outubro. Ficamos muito felizes.

Portanto, esta atividade veio a unificar o grupo, fortalecendo os laços entre colegas. Com tudo, aprendi que, em qualquer situação que estiver a passar, não devo me desligar da minha missão, porque cada pessoa vem a este mundo com um propósito divino.

Com essas atividades, o grupo aprendeu que ouvir as dificuldades de outras pessoas ajuda-nos a fortalecer espiritualmente. Devemos fazer plantão de atendimento nas unidades, aprimorar constantemente sobre o Sorei-Shaishi e aprofundar nas práticas básicas da nossa igreja.

Já encaminhei mais de 100 pessoas à fé, das quais 13 se tornaram membros. Faço os donativos na íntegra, tenho a horta caseira.

Agradeço ao Supremo Deus, Messias Meishu-Sama, juntos aos meus antepassados, ao nosso ministro pela paciência e confiança que tem com o setor.

Muito obrigada.

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