“…quando nos empenhamos em cumprir tudo o que nos for orientado…”

🙎🏿‍♀ LAURA ARLETE PEREIRA GONZAGA GOMES

JOHREI CENTER SÃO FRANCISCO DE ASSIS
REGIÃO CENTRO-SUL- OESTE
LUANDA
Angola

Sou membro e dedico como assistente na área da Agricultura Natural.
Conheci a Igreja Messiânica em 2005, por intermédio do meu pai, em memória.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com o cumprimento das orientações superiormente recebidas.

Eu vivia muito desmoralizada por causa do andamento dos meus negócios que não iam nada bem. A cada mês que passasse, os resultados iam de mal a pior; como a minha empresa de distribuição de refeições era pequena, resolvi abrir um bar. No princípio tudo ia bem, mas depois, as coisas foram decaindo aos poucos.

Preocupada, decidi procurar o responsável, explicando-lhe o que se estava a passar. Assim, ele orientou-me a dedicar todos os dias, começando por participar diariamente dos cultos matinais, a dedicar no banheiro, encaminhando e acompanhando pessoas à porta da unidade; que fizesse esse esforço até ao dia 15 de Junho.

Comecei a dedicar sem problemas, vivendo de perto e aprendendo muitas coisas no dia-a-dia com os outros dedicantes, por exemplo com a Sociedade de Senhoras. Certo dia, após a reunião, decidimos ir dedicar na casa de um frequentador e pensei que fosse próximo. Nunca andei tanto como naquele dia, indo o caminho todo a reclamar por causa da distância no que uma irmã disse-me: irmã Laura, tens dinheiro do táxi vai na frente… com o dinheiro do táxi compramos algumas coisas de comer, dividimos e continuamos a caminhar. Chegando lá, fizemos a oração e limpeza.

No fim perguntei aos donos de casa, como eles faziam para chegarem à Igreja todos os dias ao que responderam-me que vão á pé. Eu que reclamei o caminho todo, fiquei envergonhada. Passei a ficar mais tempo na Igreja, onde ouvia relatos de pessoas a falarem sobre as suas dificuldades, principalmente a dizerem que em casa nada tinham para comer. Eu ficava admirada uma vez que diziam isso normalmente e estavam sempre com um sorriso nos lábios.

Depois de um mês de forte dedicação, a fome bateu à minha porta e eu e a minha família começamos a passar fome. Chegamos ao ponto de na nossa arca só termos 2 garrafas com água, pois o salário do meu marido também estava atrasado e do bar não vinha nada. Fui encorajada a continuar a dedicar.

Ao relatar para as minhas irmãs a minha situação, elas não estavam a acreditar porque eu falava sorrindo. Os meus filhos têm dificuldade em comer qualquer arroz e esse era o problema. Porém, mesmo com essas dificuldades, todos se sentavam à mesa na hora do jantar; o meu filho se recusava a comer o arroz normal, comendo apenas frango com salada.

Comemos coxas de frango durante quase 2 meses, mudando apenas a maneira de se preparar. Senti que mesmo com essas dificuldades, a harmonia em minha casa mudou, pois todos os dias nos ríamos da situação. O meu esposo, sempre que me deixava na Igreja, dizia: fala lá ao teu Meishu-Sama que vamos comer mais coxa e eu punha-me a rir.

Na faculdade, eu tinha que defender um trabalho, tendo a professora dito que quem tivesse dívida, não iria defender e eu tinha uma dívida de 2 meses; saí triste da sala e disse: Meishu-Sama, eu não precisava passar por essa humilhação! Fui para casa e ao chegar, todos ficaram admirados dizendo: chegaste cedo… Eu respondi que tinha sido expulsa da sala, ao que o meu filho disse: chegaste a esse ponto mãe, melhor pagarem as minhas propinas, não quero passar pela mesma vergonha. Naquela noite, ministrei bastante Johrei ao meu esposo como nunca antes tivera feito.

Ele estava inconformado com a situação que estávamos a passar, apenas lhe disse que era uma prova de Meishu-Sama, para testar se o meu compromisso era de verdade. Assim que amanheceu, fiquei muito emocionada com as palavras da minha filha que veio até ao nosso quarto de manhã e disse: mamã, tudo vai passar, fala só com o avô, ele está a ver-nos a partir do mundo espiritual, ele irá dar uma solução.

Certo dia, não tínhamos nada para comer e eu tinha apenas 5 mil Kz. Perguntei a mim mesma: vou ao Polo do Bom-Jesus dedicar, vou assistir a palestra da professora que me expulsou, ou vou comprar peixe para fazer o almoço?

Minha colega ligou-me, juntas fomos à palestra que ela pagou o transporte, no que acabei por deixar os 5 mil Kz em casa para comprarem alguma coisa.

Certo dia, o meu esposo mandou-me uma mensagem com preços de um talho, no que ao perguntar-lhe se tinha dinheiro, respondeu-me que já não queria comer coxa, que iríamos comer tudo natural. Fomos ao mercado e fizemos compras que há muito não fazíamos, recheando a nossa despensa, voltando novamente a ter fartura.

No meu bar, as vendas vão bem e os clientes sentem-se satisfeitos com o atendimento. Para agradecer, fiz um donativo especial de gratidão. A minha professora deu-me 15 valores por ter participado da palestra, tendo dispensado na cadeira. O meu esposo, já começou a fazer viagens para as Províncias, algo que já antes fazia.

Aprendi que, quando nos empenhamos em cumprir tudo o que nos for orientado, as nossas vidas tomam um rumo melhor.

Faço os donativos corretamente e cuido de uma casa de frequentador com um total de 4 pessoas.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, pela oportunidade de conhecer este maravilhoso caminho da salvação.

Muito obrigada!

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