Tenho 22 anos e dedico na Liturgia.
Conheci a Igreja Messiânica por intermedio da minha mãe, membro da nossa Igreja.
O motivo que me levou a conhecer a Igreja foi a doença.
Eu sofria de asma desde que nasci, mas à medida que os anos foram passando, as crises se intensificavam tornando-se mais frequentes. Sempre que eu notasse que o meu peito doía e que tivesse dificuldades para respirar, tomava os comprimidos, que chegou a uma determinada altura, estes já não surtiam efeitos, levando-me a dormir sentada, sem poder fazer muitos movimentos.
Quando a minha mãe foi encaminhada à Igreja, ela convidou-me, mas eu não quis, pois achava uma fachada por causa das imagens e da oração.
Certo domingo, que coincidia com o Culto Mensal de Gratidão, tive uma crise de asma. Face a essa situação, a minha mãe disse-me que a acompanhasse, pois que o Johrei me faria muito bem; eu respondi-lhe que não queria ir a Igreja, que ficaria em casa a ler os ensinamentos de Meishu Sama; de salientar que apenas falei aquilo para a convencer a deixar-me ficar em casa, mas ela insistiu e eu acabei indo com ela. Após o recebimento de Johrei coletivo, comecei a sentir-me melhor, passando bem até ao final do dia.
Algum tempo depois, minha mãe decidiu que se iria outorgar e perguntou-me se eu não queria ser outorgada com ela, tendo eu respondido que não, pois ainda não me sentia preparada para o fazer.
Passados dois meses, apercebi-me de que nunca mais havia tido nenhuma crise de asma, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama; ganhei a vontade de receber o Ohikari como forma de gratidão. Ao informar a mãe sobre essa decisão, ela respondeu-me que não iria dar-me o dinheiro para o donativo, até que eu aprendesse a fazer a oração Amatsu-Norito; aceitei a condição e decide empenhar-me de corpo e alma em aprender a fazer a oração, no que, um mês depois, fui outorgada.
A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com a marcha de distribuição de flores.
Eu era uma pessoa muito tímida, com dificuldades para me relacionar com os outros.
Depois de algum tempo como membro, a minha mãe decidiu que passaríamos a distribuir flores no portão de casa. Quando chegasse a altura de prepararmos as flores para a distribuição, eu ficava aborrecida, pois não queria realizar essa atividade por causa das dificuldades em ter que falar com as pessoas que iam passando, mas tinha que obedecer! A minha estratégia era procurar o maior número de crianças, pois para mim era, mas fácil ter que lidar com as crianças, uma vez que elas só as recebiam sem questionar.
A determinada altura, as flores que foram plantadas em nossa casa brotaram e eram em grande quantidade; logo fiquei incomodada, pois que teria que passar a distribuir 100 a 250 flores, apesar de distribuir com a minha prima, mesmo assim ainda era difícil para mim. Uma das razões que me fazia não gostar de distribuir flores, era de não querer ouvir as respostas negativas das pessoas, pois eu não conseguia agradecer quando isso acontecia. Como sendo uma pessoa tímida, sentia mais vergonha ainda em ter que oferecer as flores aos rapazes.
Com o passar do tempo e quando lia os ensinamentos, encontrei um trecho que dizia o seguinte: a timidez é uma forma de egoísmo… o que me fez perceber que deveria mudar de postura, pois não estava a servir na Obra Divina. Foi aí que, refletindo, passei a distribuí-las com o sentimento de gratidão, desejando que quem as recebesse, fosse feliz.
Passo a relatar algumas experiências vivenciadas através dessa dedicação:
– Um dia, enquanto eu distribuía as flores, estava a passar um senhor que aparentava estar preocupado por algum motivo, mesmo na dúvida, ofereci-lhe uma, que agradeceu, perguntando para que servia; respondi-lhe que a flor tinha a função de trazer paz espiritual, ele agradeceu e foi-se. Continuei a distribuir e já no fim da dedicação, reparei que o senhor vinha na minha direção, mas reparei que o seu aspeto de preocupação havia desaparecido, foi daí que ele disse: “muito obrigado pela flor, eu saí de casa decidido a discutir com o meu chefe, pois passava-se duas semanas que ele não me pagava pelos serviços prestados, mas, quando lá cheguei ele não me deu voltas como de costume e entregou-me o meu salário”. Senti-me grata por ter ajudado.
– Outro dia, uma jovem passava enquanto eu distribuía as flores, ela parou e recebeu a flor e disse-me que gostaria de levar todas elas, pois tinha ficado encantada; eu respondi-lhe que não podia, pois era para dar a outras pessoas também, então ela disse-me que a irmã estava doente, eu entreguei-lhe uma flor para que ela pudesse dar à sua irmã. Dia seguinte, ela veio para agradecer-me e relatou que a sua irmã, tinha melhorado.
Aprendi que, devemos ter espírito de obediência aos nossos pais, pois eles sempre sabem o que é melhor para nós. Aprendi ainda que, há coisas que parecem pequenas e de pouca importância, mas que, não temos noção de quanta diferença podem fazer na vida de outras pessoas, basta mudar um ponto, o resto vem como consequência.
Já melhorei bastante em relação ao complexo que sentia para falar com as pessoas.
Agradeço a Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, por fazer parte desta maravilhosa Obra de Salvação.
Muito obrigada!