Sou membro.

Conheci a Igreja Messiânica em Março de 2010, por intermédio de uma missionária.

Os motivos que me levaram a conhecer a Igreja foram: doença, conflitos e pobreza.

Eu sofria de hemorragia nasal, principalmente quando fizesse muito sol; bastava um pequeno embate no nariz, que já sangrava.

Quanto aos conflitos, como eu não respeitava ninguém, desentendia-me com os meus familiares directos e também com os vizinhos. Vivíamos em extrema pobreza, trocando de casa em casa. Muitas vezes quando ficasse bêbado, faltava respeito aos meus pais.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com o comprimento sincero das orientações superiores.

Mesmo sendo membro, passava dos limites por causa do uso excessivo de bebidas alcoólicas, pois quando ficasse nesse estado, só arrumava confusão. Quando pegasse qualquer dinheiro, eu era o pagante que chamava todos os amigos perguntando o que queriam beber. Muitas vezes tinha que roubar para sustentar os meus vícios e para além disso, envolvia-me com muitas mulheres; certa vez fiz uma grande confusão em casa, lutando com todos, que a família teve de chamar os agentes da ordem, sendo levado para a Esquadra da Polícia mais próxima. Acusava o meu tio, dizendo que era ele o culpado da minha situação; tinha oportunidades de emprego, mas não aproveitava por conta da bebida. Fui acometido por muitos acidentes rodoviários, mas graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama, sempre tive muita protecção. Por conta dessas situações, eu me perguntava o porquê de estar a passar por aquele sofrimento.

Foi assim que, fui ao encontro da minha mãe na Província do Huambo, no Município do Ukuma; perguntei a ela o porquê de tanto sofrimento, principalmente em parentes directos; o meu pai morreu alcoólatra, meus quatro tios morreram de bebedeira, meus dois irmãos morreram com doença causada pelo álcool, meu primo morreu envenenado na bebida, meu irmão está a passar com situação de epilepsia, eu, quando bebo, me transformo em uma outra pessoa. Disse-me que há tempos deparou-se com uma cigana (vidente), que lhe disse que os bisavós da parte paterna tinham escravos, que eles maltratavam e muitos deles chegando até morrer pelo caminho, devido a tantos sofrimentos que passavam e eles por conta disso, estão a se manifestar na família do causador, com o intuito de pedir salvação. Admirado com a explicação da minha mãe, falei a ela sobre a missão da nossa Igreja. Passado algum tempo, fui acometido por fortes dores nos olhos, que para resolver a situação, a minha mãe punha-me remédios que dizem que cura, mas as dores continuavam.

Dessa forma, decidi voltar para a Província Benguela, para poder tratar dos olhos, pois comecei a ficar com pouca visão, mesmo a pequena distância, tinha problemas para enxergar. Estava muito preocupado com aquela situação, mas mesmo assim continuava a beber, chegando até a vender os bens materiais para sustentar esse vício.

Uma missionária preocupada comigo, levou-me até ao Ministro, onde fui atendido e orientado para o seguinte: ter determinação, ministrar Johrei com a leitura do ensinamento de Meishu Sama na Nave, fazer donativo diário, distribuir flores nos locais onde vendem bebidas e cuidar de outras pessoas que estão a passar pela mesma situação; ainda orientou que a missionária que me acompanha, junto de alguns fiéis, fossem fazer limpeza no meu quarto e lavarem toda a minha roupa; fui ao barbeiro cuidar da minha aparência e depois, fomos distribuir flores nos locais onde vendem bebidas alcoólicas.

A partir dali, com acompanhamento, continuei a dedicar nesse sentido, levando felicidade a essas pessoas.

No dia 23 de Abril do corrente ano, ganhei a permissão de peregrinar à Província do Lubango sem gastar absolutamente nada. Lá, pude interagir com outros irmãos, passando a minha experiência de fé.

Com estas dedicações, tive as seguintes mudanças:

– A maior parte da família de casa, já foi encaminhada para a Igreja.

– O meu sobrinho de 19 anos, está a dedicar comigo e tem participado do desafio de oração das 6 horas na nave.

– Em casa já há respeito e harmonia. Os vizinhos e amigos estão admirados com a minha mudança; a pedido de uma vizinha, encaminhei o seu marido.

– Já faz algum tempo que deixei de beber e vou fazendo pequenos trabalhos, de onde tiro parte para os donativos.

Tenho a horta caseira e cuido de 2 casas de frequentadores.

Aprendi que, devemos sempre procurar orientação, no sentido de encontrarmos a solução para os nossos problemas.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, pela oportunidade de conhecer este caminho da salvação.

Muito obrigado!