“…ao negligenciar as práticas básicas da fé, não conseguimos alcançar o caminho da salvação…”

🙎🏿‍♀ NÉRCIA BERNARDO GUIRREITA

JOHREI CENTER JARDIM
MAPUTO
MOÇAMBIQUE

Sou membro do Johrei Center do Jardim, onde dedico como auxiliar da liturgia e do grupo Terra.

Os motivos que me levaram a conhecer a igreja foram o desemprego e a falta de paz espiritual.

Conheci a Igreja Messiânica em 2015, por intermédio da minha mãe, que é membro da Igreja.

Após concluir o ensino médio e alguns cursos, fiquei em casa sem emprego, esforçando-me para concorrer à faculdades e institutos, mas não obtive sucesso; essa situação perdurou por mais de quatro anos, o que preocupava os meus familiares e me deixava infeliz. Para resolver isso, frequentei algumas igrejas e procurei maziones e curandeiros. Um dos curandeiros sugeriu que eu voltasse à minha terra natal, alegando que lá estaria a minha sorte. Um mazione me orientou a tomar um banho com sangue de galinha. Finalmente, em uma das igrejas que frequentei, cumpri alguns propósitos, mas não obtive resultados. A situação em que me encontrava persistia.

Devido aos problemas que enfrentava, minha tia que era frequentadora da Igreja, encaminhou a minha mãe, que por sua vez me convidou. No entanto, quando minha mãe me falou sobre a Igreja, eu recusei o convite, pois acreditava que a Igreja orava para imagens, o que considero errado. Contudo, ela insistiu até que eu cedi e aceitei o convite, apenas para agradá-la. Ao chegar à Igreja, durante a oração, pensei: “Este é o meu fim. Que tipo de Igreja é esta?”. Tinha a intenção de não voltar mais após aquele dia. Contudo, ao sentar-me na nave para receber Johrei, senti uma paz que não experimentava há muito tempo.

A experiência de fé que relato está relacionada com o cumprimento das práticas básicas.

Eu sempre dedicava enquanto concluía os meus estudos, mas, com o tempo, caí na ingratidão. Minha mãe sempre me convidava a ir à Igreja, mas eu alegava estar cansada, pois estava grávida. O tempo passou, e chegou o dia da minha defesa final do curso, mas fui reprovada. Lembrei-me de que estava falhando no cumprimento das práticas básicas da fé, alinhei meu Sonen, cumpri com as dedicações e as graças não tardaram. Voltei a defender e aprovei; no entanto, recaí na ingratidão e fiquei em casa por três anos. Enviei meu currículo a várias instituições, mas não fui chamada.

Certa vez, algo me dizia que deveria ir à Igreja, e assim o fiz. Fiquei na nave recebendo e ministrando Johrei. Repentinamente, recebi uma ligação de minha prima, com quem não falava há muito tempo, pedindo que eu fosse ao seu local de trabalho. Ao chegar lá, o gerente me orientou a voltar no dia seguinte para começar a trabalhar. Para minha surpresa, começaria como gerente, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama. A missionária me orientou a escrever uma experiência de fé sobre a graça recebida, mas eu recusei, reduzindo minhas dedicações, e logo perdi o emprego.

Após perder o emprego, minha mãe me convidou a acompanhá-la nas vendas no mercado. Embora eu achasse que, pelo esforço que fiz para estudar, não deveria me submeter àquela situação, aceitei a proposta para não a desapontar. No mercado, tive dificuldades para me adaptar. Além disso, enfrentava conflitos, pois me sentia intimidada por um colega de bancada que importunava quase todos os vendedores. Quando estávamos frente a frente, ele atirava cinzas, água e outras substâncias estranhas, mesmo na minha presença. Depois de um tempo sem dedicar, isso começou a me afectar ao ponto de eu chegar à minha bancada e só dormir. Às vezes, formava-se uma fila longa para comprar produtos que eu também vendia, mas sempre que chegava ao mercado, tentava me esconder.

Para piorar, já encontramos mais de duas cobras em minha bancada. Essa situação me abalava tanto que decidi voltar ao ponto inicial. Conversei com o missionário, que me orientou a assumir o meu compromisso, começando pela prática do dízimo, donativo diário e de construção, e passei a dedicar na liturgia. Após seguir essas orientações, as coisas começaram a mudar. Passei a vender tanto que meu negócio cresceu. Já não dormia ou me escondia dos clientes, e perdi totalmente o medo do meu colega, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama. A vergonha que sentia passou, e agora consigo ajudar meu marido nas necessidades de casa e muito mais, também graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama. Eu e minha mãe colocamos flores na bancada e ministramos Johrei no mercado, e tenho um dia de marcha nas casas ligadas à nossa rede de Salvação.

Com esta experiência de fé, aprendi que, ao negligenciar as práticas básicas da fé, não conseguimos alcançar o caminho da salvação.

O meu compromisso é salvar o maior número de pessoas através da ministração do Johrei. Já me cadastrei e encaminhei mais de cinco pessoas, das quais duas já participaram do culto especial na Sede Central. Agradeço sinceramente a todos que ouviram meu relato de fé.

Muito obrigada!

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