Dedico como encarregada do Grupo Lua desta Unidade.
Conheci a Igreja Messiânica em 2005, por intermédio da minha mãe, também membro. Os motivos que estiveram na base do meu encaminhamento foram; doenças, conflitos familiares e pobreza.
Quanto à doença, sofri com um quisto no ovário, que segundo os médicos, eu tinha de ser operada de urgência, devido ao tamanho avançado do mesmo. Para diminuir o tamanho do quisto antes da operação, foi-me medicado antibióticos e 7 injeções por dia.
Passados 2 meses, fez-se uma ecografia, mas o quisto continuava do mesmo tamanho, ou seja, a medicação não fez efeito, deixando-me triste e desmoralizada. Foi nessa fase que a minha mãe falou-me do Johrei; confesso que não acreditei que uma mão levantada pudesse resolver o meu problema de saúde e porque também era fiel à minha religião, achava que seria uma traição.
Cheguei a uma fase, em que já não conseguia ir mais à escola devido às dores no baixo-ventre e que me deixavam muito magra; por insistência da minha mãe, aceitei receber Johrei com muita desconfiança e com receio dos irmãos da minha igreja. Com o cumprimento das práticas básicas orientadas, em 1 mês, esqueci-me de que estava doente, porque já me sentia muito bem graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama; o quisto desapareceu e não fui operada até hoje. Como gratidão, tornei-me membro para melhor servir nesta Obra Divina de Salvação.
A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com a peregrinação à Província de Benguela.
Ao chegarmos à Província, o ministro orientou-nos sobre o objetivo da nossa ida, que era a de aprofundarmos nas casas dos membros como ponto de partida para a expansão e difusão da Igreja.
Por permissão de Deus e do Messias Meishu-Sama, eu e a minha equipa, ficamos no Johrei Center da Graça, onde fomos bem recebidos e de seguida dividimo-nos em 2 grupos e foram selecionadas 2 casas de membros para visitarmos. Ao longo da caminhada, nos deparamos com 2 jovens que nos pediram kissângua porque viram-me com o bidon na mão. Paramos para atendê-los e eles relataram que estavam com muita fome. Enquanto bebiam a kissângua, decidimos ministrar-lhes Johrei, falando dos seus benefícios. De repente, o jovem começou a chorar, fechou os olhos e o corpo ficou sem forças durante 5 minutos. Naquele ínterim, entoamos a oração Amatsu-Norito, o jovem já recuperado, disse que sentiu algo no momento em que levantamos a mão; depois demos-lhe o endereço da Igreja. Ao longo da caminhada, ficamos a saber que aquela é uma tática que os assaltantes daquele local usam para assaltar as pessoas; graças ao Johrei, recebemos protecção e eles perderam a vontade de nos assaltar.
Ao chegarmos à casa da encarregada, fizemos a oração e de seguida perguntei-lhe se já havia limpo as imagens e feito o culto matinal, respondendo que só havia limpo as imagens. Dividi as tarefas para limparmos a casa e eu com a encarregada fomos a um outro quarto para aprofundarmos no atendimento. Ao longo da conversa, perguntei a ela qual o seu maior sofrimento, tendo dito que era a falta de um parceiro porque os que apareciam, no princípio tudo bem, mas que depois, deixavam-na muito traumatizada. Disse-lhe que encaminhasse aquela purificação com um donativo especial, deixando Deus e Meishu-Sama agirem, porque muitas vezes as nossas escolhas atrapalham a nossa missão. Também aprofundamos na questão dos cuidados a ter com o Altar do Lar, tendo ela dito que quanto a isso, nunca deu muita importância, que há 3 anos que não realizava os cultos matinais com o Oniko e que nunca se interessou pela compra do material de limpeza do Altar. De seguida orientei-a sobre o que devia fazer para corrigir aquela situação, tendo ela aceite com gratidão.
Também relatou que, há meses que não dormia bem, pois que na calada da noite tinha sempre pesadelos, despertando entre as duas ou três horas com sonhos chocantes, de pessoas dizendo que foram mandadas para roubar o espírito dela. Ao terminar a conversa, dirigimo-nos ao Altar para encaminharmos todos aqueles sofrimentos, aproveitando para limparmos também as imagens: naquele momento, incorporou um espírito bem revoltado, perguntando se sabíamos quem ele era! Entoamos a oração Zenguen-Sandji e o mesmo tapava os ouvidos, lutando para não ouvir a oração, tendo minutos depois ido embora. De seguida, incorporou um outro espírito mais calmo e fraco, dizendo que estava com fome e muita sede, porque o que recebiam da descendente não chegava para todos os Antepassados. Também perguntei quanto é que ela fazia de donativo que acompanhava o formulário, respondendo que fazia apenas 500 Kz; orientei-a a aumentar o valor segundo a sua realidade e também passar a levar oferendas nos cultos de elevação espiritual nas quartas-feiras e aos domingos. Agitada e trêmula, materializou um donativo de pedido de perdão pela negligência; o espírito disse que deveríamos terminar logo a limpeza porque as visitas estavam a chegar. Após a oração, já calma, a encarregada assumiu o compromisso de comprar todo o material de limpeza do Altar e cumprir na realização dos cultos matinais e mensais. De seguida entrou uma vizinha que não foi necessário convidá-la; a encarregada ganhou força e convicção, começando a bater a porta dos seus vizinhos que aceitaram receber Johrei e a flor, mesmo sem entender, num total de 12 primeira vez e 2 frequentadores que já recebiam Johrei há algum tempo.
A irmã que incorporou os 2 espíritos, no momento do transe, também realçou que o primeiro era um homem noturno que afastava os outros homens que tinham boas intenções com ela. Ao terminar a actividade do encaminhamento, a encarregada ficou toda feliz porque a casa estava totalmente transformada com muita claridade e uma atmosfera agradável. Na noite de quinta para sexta-feira, ela teve um sonho onde vieram 4 policiais que carregavam um senhor grande, que atiraram num buraco do cemitério e por cima deitaram uma trouxa de roupa bem grande, dizendo que a partir daquele dia, ali seria o lugar dele.
A encarregada realçou que desde o dia da limpeza feita em sua casa, tem dormido tranquilamente, sem pesadelos. Depois, ela adquiriu todo o material do Altar, incluindo o de limpeza. Em conversa, ela disse-me que a minha chegada a Benguela foi para resgatá-la do grande sofrimento que estava a vivenciar.
Na sexta-feira, tivemos a permissão de visitar mais uma casa de membro, em que constatamos a mesma situação com relação aos cuidados com o altar do lar, onde também se orientou o que deveria ser feito em relação a essa situação. Esta relatou que há meses não conseguia dormir, que a partir das 2 ou 3 horas da manhã perdia o sono. Ao questiona-la sobre as práticas básicas da nossa Igreja, a mesma respondeu que cumpre todas orientações, mas que aquele sofrimento de falta de sono estava a deixa-la com o aspecto de uma mulher de idade muito avançada, foi então que perguntei se ela recebia Johrei constantemente, ao que respondeu que não, pois que ela não gostava da maneira como alguns fiéis ministram Johrei: sem vontade, com a palma da mão ora para baixo, ora para o lado, ora no telefone, isso a aborrecia, acabando mais por ministrar do que receber. É de realçar que a mesma tem dois filhos que são membros, mas que dificilmente fazem marcha de Johrei em casa, só nos casos de purificação extrema. Orientei-a a receber diariamente no mínimo 3 horas de Johrei e que o Johrei da família é o melhor, por causa dos elos espirituais consanguíneos. Também foi orientada a cuidar e a prestar maior atenção à sua mãe por ser já idosa; a mesma agradeceu bastante e após a limpeza ela disse que sentia a casa mais leve e clara.
Com essa experiência de fé, aprendi que a expansão da Igreja não acontece a partir do nosso lar por falta de ordem, desobediência às práticas básicas da nossa Igreja.
O meu compromisso, é de continuar a cuidar e a acompanhar os membros nas casas, com o sentimento de, a cada lar de membro que o Messias Meishu-Sama permitir a visita, ele se torne um ponto de expansão da Obra Divina.
Agradeço ao supremo Deus e ao Messias Meishu Sama, pela permissão de pisar o solo de Benguela pela 1ª vez junto com os meus Antepassados, resgatando as minhas dívidas.
Muito obrigada!