O seguinte fato aconteceu provavelmente no ano de 1949, na Sede Provisória de Shimizu, em Atami.
Certa manhã, ao abrir o jornal em casa, vi publicada uma estatística sobre a tuberculose no Japão. De acordo com esse artigo, o índice de mortalidade pela doença estava diminuindo, mas o número de tuberculosos tendia a aumentar. Por ser um artigo muito interessante, li-o atentamente.
Neste mesmo dia, conforme a programação, houve o encontro com Meishu-Sama. Neste, ele falou a respeito da tuberculose o assunto era exatamente o artigo que eu lera pela manhã. Fiquei muito contente, na expectativa de receber sua orientação.
No meio da palestra, Meishu-Sama, talvez não se recordando das estatísticas mostradas no artigo, ficou a pensar por um instante. Como eu me lembrava, acabei dizendo: “No artigo, constava que eram ‘x’ pessoas.”
Com tom severo, Meishu-Sama disse: “Eu estava pensando. Agora, sou eu quem estou falando. Se sabe tanto assim, fale você, então!” E calou-se. Minha intenção era apenas ajudar, por isso nem imaginava receber tal repreensão. Desculpei-me imediatamente.
No entanto, ele não aceitou meu pedido de perdão. De cabeça baixa, enquanto esperava que ele se manifestasse, percebi a gravidade da falta cometida através daquela atitude irrefletida. Seu silêncio calou fundo no meu coração.
Novamente supliquei-lhe perdão e, finalmente, fui desculpado. Em seguida, Meishu-Sama retomou sua palestra.
Um chefe de Igreja
Reminiscências Sobre Meishu-Sama vol. 5