Variedade nas Refeições – Parte 4

Meishu-Sama adorava truta assada na brasa. Quando ele, como de costume, se transferia de Hakone para Atami, no final de outubro, mês que também correspondia ao final da liberação da pesca desse peixe, servíamos-lhe trutas todas as noites. Em caso de trutas oferecidas pelos fiéis, costumávamos dizer-lhe onde foram pescadas. As do rio Nagara eram as que ele mais apreciava. Gostava também de pargo ou de robalo cru cortado em fatias finas mergulhadas na água gelada. Em se tratando de sushi¹ de atum, preferia a parte com gordura. Gostava também muito de algas e, no tocante aos mariscos, como ele tinha dentes fracos, só comia um tipo e evitava alimentos duros.

Dos pratos ocidentais, gostava muito de bife, que eu preparava dando cortes num dos lados para torná-lo macio. O molho que ele apreciava era bem especial: misturavam-se saquê², shoyu e vinho.

Meishu-Sama apreciava peixe frito na manteiga, principalmente linguado e peixe-espada, além de truta assada na brasa com manteiga.

Era de sua preferência a cavala ensopada, coberta com maionese, além de frango cozido. Adorava frango ao curry bem picante. Como podemos perceber, Meishu-Sama gostava de iguarias com sabor geralmente mais fortes que o normal, e até mesmo os cozidos eram mais condimentados.

Um Servidor

Reminiscências sobre Meishu-Sama vol. 4

2 – Saquê é uma bebida alcoólica japonesa feita de arroz fermentado, água, koji (fungo) e levedura. Existem vários tipos, como Junmai (apenas arroz, água, koji e levedura) e Daiginjo (arroz polido a pelo menos 50%). O processo de produção envolve polimento do arroz, lavagem, cozimento, fermentação e pasteurização. Pode ser consumido quente ou frio, e tem importância cultural em cerimónias e celebrações no Japão.

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