Sou missionária e dedico como responsável de Rede de Salvação.

Conheci a Igreja Messiânica em Junho de 2015, por intermédio de um amigo.

Os motivos que me levaram a conhecer a Igreja, foram: doenças, conflitos e pobreza.

Quanto à doença, eu sofria de problemas do coração e de dores fortes nos rins; não conseguia dormir e nem de levar uma vida normal. Esse sofrimento durou cerca de 11 anos, onde perdi os meus quatro filhos.

Para sair dessa situação, fiz vários tratamentos hospitalares e em quimbandas, gastando muito dinheiro, mas mesmo assim, não obtive resultados satisfatórios. Foi nesse quadro de sofrimento, que fui encaminhada à Igreja, onde recebida pelo plantonista, este orientou-me as práticas básicas que cumpri e em pouco tempo tudo foi ultrapassado. Com essas graças recebidas, tornei-me membro para melhor servir nesta Obra Divina de Salvação.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com a reflexão profunda e o encaminhamento de pessoas à fé.

Anos depois de me tornar membro, passei a acostumar-me com as graças; fazia o dízimo corretamente, mas o donativo de construção não dava importância, fazendo só de vez em quando e também cultuava os meus Antepassados sem oferendas. Trabalho por conta própria e possuía uma cozinha na praça municipal há vários anos, de onde sempre tirei o sustento da minha família.

A partir do ano de 2021, a minha vida começou a regredir, o meu negócio passou a enfraquecer, mudei a minha cozinha por 4 vezes de lugar: da praça para próximo da minha casa, depois para o meu quintal, mais tarde mudei para o lado da estrada principal que vai para a praça e de novo voltei para a praça, sem sucesso.

Impossibilitada de continuar, decidi procurar o Ministro para abrir o meu coração sobre o sofrimento retido há vários anos no meu interior. A minha decisão era de arrendar a minha casa e ir para o mato cultivar, devido à fome. O Ministro disse que não seria a solução, se eu não buscasse as causas do meu sofrimento dentro de mim e se eu não trabalhasse nelas, aonde quer que eu fosse, eu continuaria a sofrer.

Na busca dessas causas, fiz a reflexão profunda durante 3 vezes: sou a 4ª filha da minha mãe; no período colonial, a minha mãe manteve o seu primeiro relacionamento amoroso com um português e teve três filhos. Depois a mãe envolveu-se com um trabalhador angolano que trabalhava na loja desse português e nasci eu.

Quando nasci, o português rejeitou-me por causa da minha cor, descobrindo que tinha sido traído; a minha mãe continuou na casa do português e eu fui entregue a uma tia, irmã da minha mãe que passou a cuidar de mim. O meu pai, esse foi transferido para uma fazenda na Província do Cuanza Sul na Gabela, onde lá envolveu-se com a mulher do seu colega, sendo espancado até à morte. Depois de 7 anos, o português terminou o relacionamento com a minha mãe, regressou para Portugal e levou os meus 3 irmãos; foi nessa altura que conheci a minha mãe e passei a viver com ela. Até hoje não há notícias dos meus irmãos.

A minha mãe partiu para um segundo relacionamento, vivendo com um Soba; ela sofria de maus tratos e cuidava dos objetos tradicionais do Soba mas, alguns anos depois a mãe separou-se do Soba que ficou furioso e rogou pragas.

Depois passou por mais 5 relacionamentos que não deram certo, totalizando 7.

Eu também passei por 5 relacionamentos até que decidi viver sozinha.

Depois do encaminhamento desses sofrimentos, fiz um donativo de pedido de perdão e reassumi o compromisso de distribuir 100 flores de luz na minha vizinhança, de abrir casas e passar a cuidá-las. No dia 05 de Maio, recebi a visita do Ministro, foi feita a limpeza profunda, vivência da flor, marcha de Johrei com o estudo dos ensinamentos de Meishu-Sama, em casa com a família.

A seguir, algumas ocorrências, vivenciadas:

– A minha neta de 16 anos de idade, que tinha um comportamento negativo, não cumpria com nenhum dever, ficando mais na rua que em casa, deixou de receber Johrei, passando a frequentar uma outra igreja; depois da limpeza, foi convidada pelo Ministro, a participar da marcha de Johrei e a ler o ensinamento de Meishu-Sama; a partir desse dia, o comportamento mudou, tornando-se obediente, passando a frequentar a nossa Igreja.

– Uma senhora que há quatro meses alugou um quarto no meu quintal, o seu filho de 4 anos de idade sofre de paralisia nos membros inferiores desde que nasceu; depois de vários esforços em busca de curas em hospitais e quimbandas sem melhorias, ganhei coragem e falei com a mãe sobre a finalidade da nossa Igreja; com o recebimento de Johrei, a criança está a conseguir sentar-se e a dizer algumas palavras, algo que antes não acontecia.

– Ofereci uma flor de luz a um vizinho e expliquei-lhe sobre a missão da nossa Igreja, falando do Johrei; este emocionado, começou a falar do sofrimento que vive, dizendo que tem um filho de 3 anos de idade que nasceu com uma doença rara; o mesmo encontra-se na Província da Huíla com a mãe em tratamentos tradicionais. Ainda disse, que não conseguia dormir e nem se alimentar direito, por causa de uma dívida de 150.000 Kz que contraiu e não conseguia pagar, sofrendo pressão e ameaças. Convidei-lhe para receber Johrei em minha casa; durante a ministração do Johrei, ele adormeceu na cadeira, foi para casa e no dia seguinte só acordou às 10h. Disse que está a sentir-se bem, já frequenta a Igreja e tomou a decisão de mandar de volta a esposa e o filho para virem receber Johrei.

– Uma vizinha que se encontrava doente há 4 meses, tem conflitos com a nora, vive numa casa alugada sem condições e sem apoio da família; ministrei-lhe Johrei durante 3 dias e melhorou, começando a sair de casa para o mercado onde faz pequenas vendas; o seu filho que há meses não lhe visitava apareceu, assumiu o compromisso de passar a pagar a renda da casa e de melhorar as condições da mãe.

Com esse empenho, recebi valores para pagamento da renda de casa, fiz o dízimo, o donativo de construção e comprei alimentos para casa. Estou a preparar-me para materializar o meu verdadeiro sentimento de gratidão!


Aprendi que, a falta de conhecimento traz sofrimento e que conhecendo os ensinamentos de Meishu-Sama, vamos conseguir ultrapassar muitas purificações mais facilmente.

Comprometo-me a fazer de tudo para levar esta Rede de Salvação a Núcleo de Johrei, ainda este ano.

Agradeço a Deus, ao Messias-Meishu-Sama e aos meus Antepassados, pela oportunidade de conhecer este maravilhoso caminho da salvação.
Muito obrigada!