(…) Falarei sobre o segundo tipo de pecados e impurezas, aqueles acumulados pelo próprio indivíduo, e que todos entendem com facilidade.
Ninguém consegue passar uma vida inteira sem cometer pecados. Estes podem ser de diversos tipos e classificados em graves, médios e leves. Exemplificando, há pecados contra a lei, contra a moral ou contra a sociedade. Há também pecados físicos, que se manifestam em atos, e pecados psicológicos, que são cometidos apenas na mente da pessoa.
Conforme disse Jesus Cristo, o facto de desejar a mulher do próximo já constitui pecado de adultério. Apesar de ser um mandamento bastante rigoroso, é uma afirmação correta. Embora não estejam violando nenhuma lei, pecados leves cometidos no dia a dia, os quais, por serem tão pequenos ninguém considera pecados, como ter raiva do próximo, querer que alguém sofra ou desejar praticar o adultério, se forem acumulados por longo tempo, acabarão assumindo proporções consideráveis. Vencer uma competição, alcançar sucesso na vida, enfim, situações que envolvam perdas e ganhos, fazem com que a pessoa seja invejada e odiada por aqueles que se sentiram prejudicados. Esses tipos de ressentimentos acabam gerando uma espécie de pecado.
Tirar a vida de seres vivos sem necessidade, ser preguiçoso, agredir as pessoas, desperdiçar recursos e bens, não cumprir os compromissos, mentir, dormir demais pela manhã etc., tudo são pecados que as pessoas acumulam sem saber. Essa infinidade de pecados, mesmo sendo leves, ao longo do tempo, acumulam-se no espírito em forma de nuvens. É comum pensar que os recém-nascidos não possuem pecados, mas não é bem assim: todos os seres humanos, até se tornarem independentes, vivem sob a tutela dos pais e, por isso, devem dividir com eles a carga dos pecados e das impurezas. Poderão entender melhor este raciocínio fazendo uma analogia com as árvores: os pais constituem o tronco, enquanto os filhos são os galhos, e os netos, os galhos menores. Assim, é impossível as nuvens espirituais dos pais não exercerem influência sobre os filhos.
Não haverá erro se pensarmos que são três as principais causas das doenças: os pecados e impurezas herdados, os pecados e impurezas gerados nesta vida e as toxinas hereditárias.
1936