Saudação do Presidente da Igreja Messiânica Mundial de África – Agosto 2024

Culto Mensal de Gratidão de Agosto

04/08/2024

Saudação do Presidente da Igreja Messiânica Mundial de África

Reverendo Claudio Cristiano Leal Pinheiro

 

Bom dia a todos! Todos estão a passar bem? Parabéns a todos pelo culto alusivo à Agricultura Natural!

Gostaria de agradecer do fundo do coração pelo esforço sincero que todos têm feito em prol da expansão da Obra Divina por todo o nosso querido continente africano, na Rússia, em Cuba, e, em particular, pelo esforço que cada um tem feito para levar a coluna da agricultura e da alimentação natural ao maior número possível de pessoas.

Hoje, estamos agradecendo ao Messias Meishu-Sama no nosso Culto Mensal. Em particular, a esse esforço especial para levarmos essa prática maravilhosa que Meishu-Sama deixou para nós e para toda a humanidade. Durante a oração, na pausa da oração, eu agradeci a Meishu-Sama pelas bênçãos, pelas purificações, e agradeci também mais uma vez por conhecermos Ele, e em particular pelo nosso conhecimento da importância da agricultura e da alimentação natural para a nossa saúde e para a salvação da humanidade.

Quando nós falamos sobre Agricultura Natural, muita gente pensa: “Mas o que tem a ver Igreja com agricultura?” O próprio Meishu-Sama, quando começou a falar sobre a Agricultura Natural, os fiéis já confiavam Nele pelo Johrei, porque viam os milagres do Johrei. Mas muitos desconfiavam que Ele não entendia de agricultura; praticavam no início com dúvida. Mas, quando nós analisamos nossa sociedade — e não falo apenas da sociedade angolana, mas da sociedade humana em nível mundial —, a base da nossa sociedade é a agricultura. Até o surgimento da prática da agricultura, nossos antepassados eram nômades, éramos caçadores-coletores. Chegávamos ao local, comíamos o que havia ali, caçávamos os animais, e depois íamos para outro lugar. Nós éramos caçadores-coletores: acabava ali e tínhamos que ir para outro lugar. Até que nossos ancestrais começaram a praticar a agricultura. E por praticarmos a agricultura, tornamo-nos uma sociedade sedentária; estabelecemos aldeias, vilas, cidades e impérios, graças à prática da agricultura. Mas, precisamos lembrar que, durante a Era da Noite, nós fomos movidos pelo egoísmo e pelo materialismo. Então mesmo esse alicerce da nossa sociedade, que é a agricultura, ele menosprezava a existência de Deus.

Os senhores já ouviram falar da palavra “superstição?” Quando a gente fala em “superstição”, geralmente nós pensamos em termos religiosos, não é isso? Fulano tem a superstição de que, se um gato preto passar na frente dele, vai ter azar. Se passar por baixo da escada, vai ter azar. Isso não é superstição? Mas Meishu-Sama, nos Seus ensinamentos, Ele fala que a humanidade precisa se libertar de quatro grandes superstições. Meishu-Sama, nos ensinamentos, Ele fala que a humanidade precisa se libertar de quatro grandes superstições: a superstição dos medicamentos, a superstição da mentira, a superstição do ateísmo e a superstição dos adubos.

A crença que as pessoas têm nessas quatro coisas Meishu-Sama chama de superstição. E quando nós refletimos sobre essas quatro superstições, a raiz das quatro está em não acreditar na existência de Deus e do Mundo Espiritual, na existência do espírito. A pessoa mente porque ela não acredita no Mundo Espiritual. E, quando, como hoje, nós vamos falar sobre agricultura, a superstição do adubo é: “Se eu não colocar o adubo, eu não vou conseguir ter uma boa colheita,” não é assim? Mesmo quem não usa o adubo químico, usa esterco de boi, de cavalo, de galinha. Porque, se não botar isso na terra, não vai produzir. A Agricultura Natural que Meishu-Sama nos trouxe é para nos mostrar que existe uma força invisível que emana do solo e que permite o desenvolvimento de todas as coisas. Meishu-Sama fala que, quando nós preparamos a terra com o sentimento de amor e gratidão, reconhecendo que dali vem o alimento, esse sentimento se comunica com a energia que vem do centro da terra e permite liberá-la, e nós conseguimos desenvolver os  nossos produtos agrícolas, sem colocar nada na terra. “Ah, Reverendo, mas quando eu começo a praticar, por que surgem pragas mesmo sem usar nada?” Porque ainda existem impurezas na terra. Então, no início da prática da agricultura, é natural surgirem pragas que vêm para comer as plantas, porque o solo ainda tem resquícios de adubos e fertilizantes. Esses adubos, conforme ouvimos no ensinamento deste mês, são a causa das pragas e também são a causa das doenças. Porque quando nós falamos do solo, da terra, a própria Bíblia diz: “Vieste do pó e ao pó retornarás.” O nosso corpo físico é originado da terra.

Nosso corpo é o fruto de milhões de anos de evolução a partir dos micro-organismos da Terra. O surgimento do ser humano na face da Terra não foi algo que Deus fez assim (estalo dos dedos) e, então, caiu o ser humano na face da Terra; não foi assim. O ser humano surgiu na face da Terra como uma evolução, como todos os outros seres do nosso planeta. Por isso, no nosso corpo existem todos os reinos da natureza. No nosso corpo, existe o reino animal (temos o nosso espírito secundário); no nosso corpo existe o reino vegetal (temos bactérias e microorganismos no nosso corpo, em particular no intestino e no estômago); e existe no nosso corpo também o reino mineral (no nosso corpo temos magnésio, zinco — só espero que não descubram que temos ouro ou diamante; se não, vão começar a minerar nossos corpos também, não é?). Mas o magnésio, o zinco, ferro. Porquê? São os reinos da natureza que estão no nosso corpo físico; o nosso corpo é um pequeno modelo do universo.

Por isso que, quando comemos alimentos cultivados com adubos e fertilizantes, e que depois foram acrescidos de conservantes, essas substâncias químicas se acumulam no nosso corpo, gerando também doenças. A mesma coisa que o adubo faz com o solo, gerando a causa das pragas, também faz no corpo humano, gerando a causa das doenças. Mesmo a primeira experiência da irmã Cecília, aliás, a segunda, quando ela fala que este ano teve a purificação da tala. Está acontecendo muito isso em Angola, não é? Muita gente diz: “Ah, porque tenho que ir ao quimbandeiro; a raiz dessa purificação de tala é tradicional.” A raiz dessa purificação da tala são toxinas de medicamentos e de alimentação fora da lei da natureza que saem pelas pernas e pelos pés. Nós precisamos buscar a causa de tudo o que acontece na nossa vida à luz dos ensinamentos de Meishu-Sama. Por isso que é tão importante, nós, Messiânicos, nós que já tivemos nossas vidas salvas por Meishu-Sama, além de nos preocuparmos em praticar o Johrei e apresentar o Johrei para outras pessoas, nós também precisamos, junto com o Johrei, praticarmos a agricultura e a alimentação natural. Nós não vamos ter verdadeira saúde apenas recebendo Johrei se nós não mudarmos nossos hábitos alimentares e começarmos a ingerir mais produtos naturais no dia a dia. Por isso é tão importante a prática da Horta Caseira; e nós praticarmos nas lavras, nas quintas, nas fazendas e ensinarmos às pessoas essa coluna da salvação, como a irmã Cristina relatou na primeira experiência. Fez na escola, começou a partir dali os alunos, além da flor, começaram a praticar a Agricultura Natural também, para podermos levar essa prática a sociedade de modo geral.

Quando falamos de Juízo Final, muitas pessoas pensam apenas no prisma religioso, sobre a purificação que está acontecendo. Mas a própria ciência já está a nos mostrar que o mundo está vivendo o Juízo Final.

Ontem, ao ler notícias, encontrei um artigo de uma revista muito importante, quem conhece do Brasil, a revista científica que é a Superinteressante. Tem conhecimento popular de ciência, um o artigo que eu achei bem interessante ligado ao nosso assunto da agricultura, da preservação da saúde. Esse artigo tem o título, “O anti-inflamatório que bagunçou um ecossistema e matou meio milhão de indianos[1].”

“No começo dos anos 80, existiam cerca de 40 milhões de abutres.” Estão a ver os abutres? Aquelas aves que comem a carniça.

“No começo dos anos 1980, existiam cerca de 40 milhões de abutres de nove espécies no sul da Ásia.

Hoje, após uma queda de mais de 99,95% na população, existem cerca de 19 mil.” De 40 milhões, baixou para 19 mil!

“Esse foi o declínio mais rápido já observado em qualquer grupo de animais, e teve consequências desastrosas e inesperadas para os países sul-asiáticos.

Agora, um estudo publicado no periódico da American Economic Association fez um balanço completo da mortalidade e das perdas econômicas causadas pela crise dos abutres. No período mais grave, entre 2000 e 2005, a taxa de mortalidade da Índia subiu em 4%. Mais de 500 mil pessoas morreram, e o prejuízo foi próximo de US$70 bilhões por ano.” Bilhões são mil milhões, né? 70 mil milhões de dólares por ano.

”Por muito tempo, o desaparecimento rápido dos abutres foi um mistério. O motivo levou anos para ser esclarecido: os animais estavam morrendo envenenados por diclofenaco, um medicamento que havia se popularizado no tratamento do gado bovino.

A crise começou em 1994 (ou seja, 30 anos atrás) quando a patente do diclofenaco expirou e o preço do remédio (também usado por seres humanos com dor de garganta, por exemplo) caiu drasticamente. Seu uso como anti-inflamatório e analgésico para bois e vacas explodiu.” Ficou barato, todo mundo começou a usar para tratar os animais.

“Na cultura hindu,” a Índia é um país que a maioria da população segue a religião Hindu, o Hinduísmo. “As vacas são animais sagrados, e não podem ser comidas. 96% das mais de 500 milhões de vacas indianas não são criadas para consumo humano, e, quando morrem, são deixadas nos pastos para se decomporem naturalmente, com uma ajudinha de animais como … abutres.

Essas aves não tinham chance: calcula-se que, se apenas 1% das carcaças estivesse contaminada por diclofenaco, sua população já cairia entre 60% e 90% ao ano. E cerca de 10% dos corpos continham o fârmaco.

Você pode, como a maioria das pessoas, não simpatizar muito com essas aves comedoras de carcaça. Mas os indianos logo enxergaram o valor que elas tinham. Com o declínio na população de abutres, um enorme número de animais agora apodrecia ao ar livre, favorecendo a proliferação de doenças contagiosas e pestes.

O alimento, entretanto, se tornou farto para os cachorros selvagens, cuja população aumentou em mais de 5 milhões. As matilhas selvagens que circulam pelo país são as principais responsáveis pela transmissão de raiva por meio de mordidas e arranhões.

É agora que o efeito borboleta fica ainda mais bizarro: após o início da crise, o país viu um aumento substancial na média do número de mordidas de cães e casos de raiva. O impacto económico das mortes por raiva e da demanda por vacinas foi de US$34 bilhões.” 34 mil milhões de dólares.

“Outro fator é que os animais decompositores são como becos sem saída para vírus, bactérias e outros microorganismos que podem nos causar doenças. Eles são resistentes, podem comer carcaças sem medo. Os cachorros e os ratos, não. Com isso, também aumentaram casos de doenças animais.

Enquanto isso, as carcaças que seriam comidas pelos abutres começaram a contaminar fontes de água, causando uma série de outros problemas com o saneamento básico.

Em 2006, após pressão da comunidade científica, o diclofenaco foi proibido para uso veterinário. A Índia incentivou a produção de alternativas seguras, mas ainda existem remédios tóxicos para abutres no mercado. Além disso, até hoje o medicamento é utilizado ilegalmente. O que a proibição conseguiu foi apenas reduzir a velocidade do declínio da população das aves.

Existem diversas iniciativas para criar os animais em cativeiro e liberá-los na natureza, mas o processo é lento: eles atingem a maturidade quando têm cerca de cinco anos de idade e põem apenas um ovo por ano. Em 2022, havia cerca de 700 abutres nos centros de reprodução indianos.”

Aí os senhores veem o efeito de um medicamento que usavam para tratar o gado. Imaginem os efeitos que todos estão gerando na produção de animais, no meio ambiente e na nossa saúde humana. Por isso é tão importante, nós, do jeito que nos preocupamos em ministrar o Johrei, precisamos preocupar também em praticar e expandir a agricultura e a alimentação natural, para poder realmente salvar a humanidade.

Nossa igreja tem feito esforços. Nós temos, em nosso Solo Sagrado, nosso Centro de Formação, nossa Escola Agrícola Mokiti Okada, que está sendo nosso modelo para começar. Recentemente, nosso Centro de Formação Mokiti Okada realizou um aprimoramento para 250 estudantes da Universidade Metodista de Angola. Foram conhecer o nosso trabalho no Solo Sagrado de Cacuaco. Parabéns a todos do Centro por essa grande atividade. Também foi realizado lá um aprimoramento pela equipe do Centro Mokiti Okada na Cooperativa Agrícola (AGRISUD), com 30 associados, sobre o tema: “Preparo de Compostos Naturais e a Sua Importância para o Solo.”

Nossa equipe, incluindo o ministro Chaves, com todos os produtores e todos que estão desenvolvendo a agricultura nos polos, está fazendo sua parte. No entanto, todos nós, Messiânicos, precisamos fazer a nossa parte, valorizando nossos produtos e produzindo. Produzindo, formando produtores e conscientizando as pessoas sobre a importância de produzir e expandir para a sociedade.

Nós estamos correndo um grande risco devido à superstição dos adubos e à contaminação do solo, das águas e do corpo humano. Por isso, é tão importante a nossa horta em casa, nosso esforço para consumir os produtos naturais e, quem pode ter a sua lavra, comece a produzir de forma que possa levar para o maior número possível de pessoas. Nós estamos tendo várias experiências marcantes com a prática da Agricultura Natural. Achei interessante uma que teve no Bié, onde um missionário nosso tem um colega na faculdade que tem problemas de visão e audição. Ele fala: “No primeiro e no segundo ano, éramos colegas de carteiras. Compadecido com o sofrimento dele, certo dia o convenci a assistir o nosso Culto Mensal de Gratidão, e ele participou por duas vezes. Daí, mostrei a vontade de montar uma horta na casa dele, e ele concordou.

No dia 8 de março, aproveitando o feriado, fui a casa dele e, junto com a família, montamos quatro canteiros, tendo plantado verduras, tomate e cenoura. Fruto desse desempenho, o colega notou as seguintes mudanças: antes, tinha uma dívida que, para acalmar o senhor, ele recebeu os dinheiros, mas teve que entregar o seu multicaixa. Mas após que montamos a horta na casa dele, o senhor apareceu na sua casa, devolveu o seu multicaixa e disse que esperaria o pagamento da dívida sem juros. Disse que, a partir do dia em que montei a horta em sua casa, o ambiente do lar pesava bastante e aí ficou mais leve e livrou-se dos maus sonhos. Seus problemas de visão e audição tem reduzido gradativamente, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama.

O colega já vendeu duas vezes alface da sua horta, o que ajudou a suprir algumas necessidades em casa e tem oferecido os produtos naturais aos vizinhos. Hoje, quando cozinha, já não compra mais verduras do mercado.”

Estamos tendo várias experiências de mudanças profundas na saúde das pessoas depois que começaram a consumir diariamente os nossos produtos da Agricultura Natural. Porque além de serem puros, esses produtos têm a energia do solo, que limpa o nosso sangue e fortalecem o nosso sistema imunológico.

Por isso, é tão importante nos preocuparmos com essa prática e com a expansão da nossa coluna de salvação, que é a agricultura e a alimentação natural. Posso contar com todos para essa prática? Vamos nos preparar para o Culto dos Antepassados, cuidando melhor da nossa horta em casa. E até o Culto dos Antepassados, vamos procurar montar horta em pelo menos mais uma casa que não tenha horta ainda. Vamos expandir essa coluna e os produtores que nós conhecemos — parentes, amigos, vizinhos — vamos trazê-los para o Centro de Formação, levar para visitar os polos para eles verem como é possível produzir sem usar adubos, sem usar aditivos químicos, para que eles também possam começar nas suas propriedades. Isso é muito importante para a salvação da humanidade e a construção do Paraíso Terrestre.

Vocês gostaram das experiências de fé que foram relatadas hoje? Mais uma salva de palmas para os nossos três irmãos. Eu comentei um pouco sobre a experiência da irmã Cristina, a primeira experiência de fé quando ela levou a prática para o seu local de trabalho. É muito importante que cada um de nós se preocupe em praticar a agricultura em nossa casa, no nosso local de trabalho. Podendo fazer a horta, vamos fazer a horta. E nas instituições que existem no nosso bairro, vamos nos preocupar em levar também, principalmente em escolas, asilos e orfanatos, para que essas pessoas possam começar a aprender e produzir o seu próprio alimento e começar a plantar a semente da verdadeira saúde nas suas vidas através da alimentação natural.

Quanto mais nós comemos alimentos puros e naturais, mais nosso sangue se limpa e nossa Partícula Divina também se expande. Através da alimentação, a pessoa consegue o seu aperfeiçoamento pessoal. Muitos dos casos de conflitos nos lares – preguiça e mau comportamento dos filhos – uma das causas está no que a família come no dia a dia. Quanto mais ingerimos alimentos ultraprocessados, com agrotóxicos, com conservantes, mais está sujando nosso sangue, mais nós ficamos mal-dispostos e a nossa predisposição para a briga e para o conflito também aumenta, começando pelos conflitos no lar.

A experiência da irmã Cecília Cachembi, a segunda experiência, foi muito marcante também. Quando ela ouviu o relato da missionária que comentou sobre a tarefa que a Ministra Graça tinha recebido de distribuir as mil flores. Ela, a Cecília, ouviu com o coração. Muitas vezes, nós ouvimos uma experiência de fé ou uma palestra e pensamos: “Ah, o fulano fez isso, mas isso não tem nada a ver comigo.” Já procuramos até defeitos na experiência. Ela ouviu com o coração e despertou nela; ‘Puxa, eu preciso praticar também com a minha família.” No que ela tomou a decisão – decisão é algo que vem do espírito; decisão significa que tudo começa do Mundo Espiritual – ela tomou a decisão e comunicou à família. Envolveu a família e a família decidiu: “Não, vamos participar também!” Aí não bastou isso. Fez a decisão, a comunicação e agora, vamos colocar no papel quanto cada um de nós vai colaborar para podermos distribuir as mil flores. Eles escreveram no diário da gratidão quanto cada um ia doar para poder distribuir as mil flores até o Culto dos Antepassados.

Depois que eles tomaram essa decisão e escreveram, até o cassula da casa perguntou: “Mamã, também posso participar com o que eu tenho?” Ele tinha 200 Kwanzas, foi o esforço máximo dele, uma criança de oito anos. E ele colocou. Dias depois, o pai dele, que estava desempregado há quatro anos, conseguiu um emprego, e um outro parente mandou dinheiro de presente para todos em casa. Eles conseguiram começar a distribuição das flores, e começou a gerar aqueles milagres nas vidas deles. Por isso assim, a experiência dela, além de ser uma prática de preparação para o Culto dos Antepassados, também é um exemplo para nós que, quando nós tomamos a decisão de fazermos alguma coisa e colocamos no papel o que é que eu vou fazer para alcançar isso, o Mundo Espiritual atua com mais força, porque quando nós escrevemos aquilo se assenta, se materializa no Mundo Material e tem mais força para ser concretizado.

Mesmo quando: “eu preciso mudar esse ponto”, é importante comunicar no altar para Meishu-Sama e escrever “para eu mudar esse ponto na minha vida, no meu interior o que eu vou praticar?” Escreve: “Eu vou praticar isso, isso, isso e isso, todo dia, toda semana, todo mês,” a força para concretizar é maior. É muito importante nós fazermos esse estudo das experiências de fé. E a experiência de fé do irmão Custódio, do município da Ganda, também é muito marcante. A primeira coisa que me tocou na experiência dele foi a forma que a família dele foi encaminhada.

No início da difusão no município, uma frequentadora todo o dia fazia a dedicação de varrer a rua da Igreja. A postura de servir, varrendo a rua da Igreja. Aquela atitude dela chamou a atenção da esposa do Senhor Custódio. “Por que aquela senhora todo o dia faz isso?” Meishu-Sama nos diz que, quando nós falamos de encaminhar as pessoas, não é o saber falar bem. O que toca as pessoas é o nosso Makoto. Falar o que faz e fazer o que fala, colocando a felicidade do próximo e do mundo em primeiro lugar. Aquela senhora – anónima porque não sei o nome dela, não sei quem é – a sua postura de dedicar na limpeza da rua da Igreja, atraiu essa família para querer saber quem ela era e conhecer Meishu-Sama.

Por isso é muito importante essa nossa reflexão sobre com que sonen, com que sentimento eu faço as coisas no dia a dia. Na minha casa, para a minha família, no meu local de trabalho, na Igreja, na rua, na sociedade. Será que eu como Messiânico estou preocupado em fazer tudo com esse sentimento de Makoto com que essa irmã dedicava limpando a rua? Foi o que atraiu a família do Senhor Custódio, que na época estava a sofrer no vício do alcoolismo, nas dívidas, nos conflitos. E quando eles conheceram o Johrei e os ensinamentos, eles conseguiram sair do alcoolismo, ele foi promovido no trabalho, começou a ter uma renda maior e começaram a ter harmonia. Ou seja, ele com a família foram abençoados com saúde, prosperidade financeira e paz. Mas entrou, o bichinho da ingratidão de nos esquecermos o sentimento de gratidão pelas graças recebidas. É importante nós, como Messiânicos, sabermos que nós recebemos as graças de Deus e do Messias Meishu-Sama para que nós possamos cumprirmos a nossa missão de salvar pessoas.

Quando nós utilizamos a vida nova que recebemos de Meishu-Sama e os recursos em prol da construção do Paraíso e da salvação da humanidade, cada vez nos  elevamos mais, junto com nossos ancestrais e antepassados. Quando o Senhor Custódio perdeu esse sentimento e parou de fazer o dízimo e o donativo – é isso que é importante a gente entender – os antepassados que deveriam ter sido salvos pela dedicação dele não foram salvos pela dedicação. O sofrimento se materializou nele, vieram buscar a salvação através do sofrimento do descendente. O que ele teve foi advertência. Tanto que ele mostrou: o que ele deixou de materializar foi gastar nas clínicas e tratamentos que teve que fazer. Por isso que é importante nós entendermos – ele também fez o Sorei-Saishi dos parentes que ele não tinha feito – mas pro Sorei-Saishi cumprir a sua missão, é importante o quê: nosso compromisso com Deus e Meishu-Sama. Sorei-Saishi, eu convido o antepassado para conhecer a fé Messiânica, ser assentado nos Solos Sagrados do Japão, Guarapiranga, logo também no nosso Solo Sagrado de Cacuaco, mas, se eu como descendente, não estou a dedicar, ele não consegue se elevar. Nós precisamos entender essa relação nossa com os ancestrais antepassados.

Nós tivemos uma experiência muito marcante na República Democrática do Congo com uma irmã nossa, uma frequentadora, que eu  achei bem interessante:

“Sou membro. Conheci a Igreja em 2014, em Angola, através da minha prima e em 2018 voltei para Kinshasa. O motivo do meu encaminhamento à igreja foi doença.

Os meus problemas de saúde começaram com dores no baixo ventre, que se foram intensificando a ponto de eu não poder mais ter relações com meu marido. Eu sentia como se o útero fosse sendo arrancado do corpo. Apesar de frequentar a Igreja Messiânica em Angola, negligenciava as suas práticas e em 2018, regressei à Kinshasa.

Em 2020, apareceram nódulos nos seios e a dor no baixo ventre se intensificou. Reclamava constantemente desse sofrimento, mas o meu marido não me deixava perder a esperança dizendo sempre que Deus encontraria uma solução para minha doença. Ele levou-me ao médico, que depois de vários exames diagnosticou câncer no útero e da mama. Porém, o médico recomendou exames com outro profissional a fim de confirmar o resultado. Foi feita uma ecografia após a qual a patologia foi confirmada. Fiquei totalmente desanimada, com medo, pois já me via como candidata à morte.

Liguei para minha mãe pedindo que reunisse toda família a fim de receber algum esclarecimentos sobre a origem daquela doença incurável. Quando cheguei, tomei a palavra e disse: ‘O nosso pai já morreu; ficamos apenas com a senhora e minhas irmãs mais velhas; diga-me a causa deste sofrimento que me atormenta há anos! Quem é o autor?’”

É aquilo, sempre buscamos a causa do nosso sofrimento fora de nós. Essa é a base da crença da Era da Noite. A causa do meu sofrimento, dos meus problemas, está dentro de mim. Quando eu assumo que a causa está dentro de mim, eu me qualifico para mudar. Enquanto eu ainda achar que a causa está em outra pessoa, eu não sou dono do meu próprio destino. Eu me torno crítico, julgo os outros e sujo cada vez mais meu coração.

“Todos ficaram calados e só a minha mãe conseguiu falar dizendo que era inocente.

O meu marido me pediu para voltar a Kinshasa e perguntou por que, sendo messiânica, eu estaria procurando a causa do meu sofrimento em outras pessoas ou nos costumes. Após meu retorno a Kinshasa, interessei-me por outras igrejas onde ouvi profetas sugerirem curandeiros ou milagreiros, mas perdi muito dinheiro em vão.

Senti que precisava regressar às práticas da Igreja Messiânica e assim comecei a fazer limpeza em casa, nas estradas e nos mercados. No início deste ano, enquanto dedicava, conheci uma senhora que usava um fio parecido com o usado na Igreja Messiânica. Fui ter com ela e assim descobri que era membro da igreja. Ela me deu o endereço do Centro de Aprimoramento de Mokali e passou a insistir que eu comparecesse à igreja, mas eu não o fazia alegando falta de tempo.

Nesse ínterim, o meu estado precário de saúde se agravava e, sem mais opções, no início de maio de 2024 fui ao Centro de Aprimoramento. Lá fui recebida por um missionário a quem expliquei todas as minhas dificuldades, e ele me passou as seguintes orientações:

  • Receber no mínimo 10 Johrei por dia
  • Fazer um donativo de gratidão pela purificação
  • Manter as flores de luz em casa
  • Participar do culto para elevação das almas e preencher o formulário
  • Fazer uma reflexão profunda”

Como falei para vocês, quando nós falamos da Agricultura Natural, temos que aprender sobre as leis da natureza, e precisamos lembrar sempre da lei do espírito precede a matéria. A reflexão profunda é para limpar o nosso sentimento, o nosso espírito, sem a mudança do nosso interior, do nosso espírito, da nossa maneira de pensar, o nosso mundo material, nossa vida material não muda.

“Esforcei-me para praticar todas essas orientações e, enquanto praticava, senti uma mudança notável em meu corpo. Recebia Johrei, fiz um donativo de gratidão pela purificação, colocava regularmente flores em casa e passei a cultuar os meus antepassados. Milagrosamente, a dor começou a desaparecer e entendi que essas práticas eram o verdadeiro caminho para a minha salvação.

Retomei às práticas de limpeza em casa e na rua e assim nasceu em mim o desejo de me tornar membro e fui outorgada no dia 15 de Junho de 2024.

Ao fazer uma reflexão profunda, abri o meu coração e contei todas as verdades sobre minha vida, incluindo um aborto que havia realizado. O missionário explicou que muitas vezes o espírito abortado se vinga dos pais, causando doenças e conflitos. Entendi que esse ato foi parte da causa do meu sofrimento e me arrependi profundamente. O missionário me orientou a efetuar o Sorei-Saishi desse espírito o mais rápido possível e fazer com um donativo especial.

Fiz o donativo rapidamente e no dia seguinte, senti a necessidade de ir ao banheiro.O que eu comecei a eliminar parecia com o ciclo menstrual, mas o líquido evacuado era completamente escuro. Esse fluxo durou sete dias, e entendi que era uma purificação. Durante o culto, o responsável solicitou voluntários para dedicarem no Polo Agrícola de Mangengenge, e eu me juntei ao grupo. Dedicamos por dois dias e, à noite, tive o seguinte sonho: Vi um túmulo, aparentemente novo, com a terra ainda fresca, e uma foto de Meishu-Sama por cima, sugerindo que um corpo havia sido enterrado ali. Enquanto tentava entender, um homem apareceu e me disse: ‘A criança que você abortou ainda não tinha espaço e acabamos de enterrá-la aqui.’

Quando acordei, fiz um donativo de gratidão.

Actualmente, me sinto muito melhor. A dor no útero e nos seios desapareceu completamente. Após dois meses de prática, toda a dor desapareceu e posso até correr sem riscos. Para confirmar cientificamente minha cura, consultei o médico com meu marido. Foram feitos novos exames e graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama, o resultado foi negativo. O médico ficou surpreso com a nova ecografia e perguntou: ‘O que você fez para a doença desaparecer sem deixar rastros?’. Explicamos que foi graças ao Johrei da nossa igreja que fui curada. O médico respondeu: ‘Temos o nosso conhecimento, mas o seu é superior ao nosso; isso não é uma igreja, é outra coisa.’ A confirmação do resultado pelo médico me garantiu que fui verdadeiramente salva pela força do Messias Meishu-Sama. O missionário me orientou a materializar a minha gratidão com outro donativo que concretizei logo de seguida.

Tive outra dificuldade na família, relacionada a um conflito com minha filha mais velha, que durava há dois anos. Ela morava com minha irmã mais velha, que dizia que nossa igreja não passava de magia e que ela não deveria aceitar nada de mim, pois eu era uma ‘mágica’. Quando voltei para a RDC, ela recusou todos os presentes que lhe trouxe. Naquela noite, sonhei que os mais velhos e líderes tradicionais da minha casa realizavam um julgamento, perguntando por que ela estava dando más ideias à minha filha. No dia seguinte, fiz um donativo de gratidão. Poucos dias depois, a minha filha me telefonou para pedir desculpas pelo conflito, cuja causa ela desconhecia. Desde então, nos reconciliamos e hoje vivemos em harmonia.

Depois de vivenciar todos esses milagres, entendi o seguinte:

  • O Sorei-Saishi liberta os espíritos dos ancestrais e os eleva no Mundo Espiritual
  • A reflexão profunda abre o caminho para a salvação, pois a origem do nosso sofrimento está dentro de nós mesmos. Por trás de todo sofrimento existe um espírito que busca salvação
  • Quando praticamos a Agricultura Natural, tocamos as raízes mais profundas dos antepassados
  • O bem que fizemos em benefício do nosso próximo, é retribuído por Deus e Meishu-Sama

O meu compromisso é aprofundar nas práticas básicas e levar a salvação para outras pessoas. Toda minha gratidão ao Deus Supremo, Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados pela permissão de conhecer este caminho da salvação. Muito obrigado!”

Muito interessante, a experiência da nossa irmã e a reação do médico quando falou para ela: “Nós temos o nosso conhecimento, mas o vosso é muito superior, isso não é igreja, é alguma outra coisa.” Nós já conhecemos Meishu-Sama e Meishu-Sama veio com essa missão de construir o Paraíso, construir uma nova, verdadeira civilização. Tudo que Meishu-Sama nos deixou é ciência e a humanidade no tempo certo, vai reconhecer isso, igual esse médico teve permissão através do exame que ele fez.

Por isso que nós, mais do que nunca nessa fase, precisamos buscar nos ligarmos com Meishu-Sama cada vez mais através da dedicação sincera e lermos os ensinamentos de Meishu-Sama no dia a dia buscando resposta neles. Tem uma reminiscência de Meishu-Sama que o título é: “A evolução espiritual começa com a leitura dos ensinamentos.”

“Ao concluir um ensinamento, Meishu-Sama logo verificava se já o tínhamos lido. Quando o ensinamento ‘A superstição da mentira’ foi lançado, Ele me perguntou,’ você leu? Lá está bem claro. As pessoas da atualidade vivem a mentir e só se apercebem disso quando são pressionadas.’

Dessa forma, Ele me ensinava, ao mesmo tempo que verificava se eu estava a ler os ensinamentos, Ele me incentivava a leitura. Ao cometermos alguma falha, Ele infalivelmente perguntava: ‘Estão a ler os ensinamentos?’ Por menor que fosse o erro, logo dizia: ‘Leiam os ensinamentos.’ Realmente, quando faltávamos com a leitura, nosso sentimento ficava obscurecido e, inevitavelmente, acabávamos por cometer deslizes. Toda vez que isso acontecia,  Meishu-Sama indagava: ‘Vocês estão a ler os ensinamentos? Quantas horas por dia?’“

Por isso vamos buscar cada vez mais Meishu-Sama, esse nosso encontro diário com Ele através da nossa leitura dos ensinamentos, buscando fortalecer o nosso espírito, polir nossa alma, como alimento espiritual no nosso cotidiano, para podermos cumprir a nossa missão.

Vamos continuar juntos nessa preparação para o Culto Anual dos Antepassados. Mês que vem, mês de Setembro, vai ser o culto alusivo à coluna da salvação através do belo, e logo gostaria de pedir a todos que estudassem as experiências que foram relatadas hoje e procurassem seguir o exemplo que os nossos irmãos nos transmitiram no Culto de Gratidão.

Muito obrigado, bom dia, um feliz mês de Agosto para todos nós. Muito obrigado a todos!

[1]https://super.abril.com.br/sociedade/o-anti-inflamatorio-que-baguncou-um-ecossistema-e-matou-meio-milhao-de-indianos

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