Até tornar-me membro da Igreja, eu era barbeiro. Com o ingresso na fé, abandonei a profissão, decidido a dedicar-me unicamente à Obra Divina.
Em 1951, Meishu-Sama realizou duas viagens missionárias à Região Kansai: uma na primavera e outra no outono. Graças ao responsável da Igreja, recebi a incumbência de fazer a barba de Meishu-Sama durante sua estadia em Kyoto.
Como já fazia tempo que não lidava com aquele tipo de serviço, comprei um material de barbear novo e pedi a Deus que fosse bem-sucedido na dedicação. Assim, bastante receoso, aproximei-me pela primeira vez de Meishu-Sama. Ele me perguntou: “A que Igreja você pertence?” “Onde você mora?” Respondi-lhe: “É vergonhoso, mas moro na zona do meretricio…”
Quando terminei de falar, Meishu-Sama, que até então estava sorrindo, de súbito, mostrou uma expressão severa e disse em voz alta: “Por que se sente envergonhado? Desenvolver a Obra Divina neste local é a missão que lhe foi atribuída. Não há motivo para se sentir humilhado. Faça-o com todo orgulho.” Depois, ele continuou a orientação, mas a emoção que estava sentindo me impediu de guardar seu conteúdo.
Enquanto eu lhe fazia a barba, Meishu-Sama ficou à vontade, sem se preocupar com meu trabalho e acabou dormindo profundamente.
Um ministro
Reminiscências Sobre Meishu-Sama vol. 5