Esquecendo-mos do Espírito Inicial, Caímos na Rotina

Vivenciei o fato a seguir no Museu de Arte de Hakone.

Certo dia, Meishu-Sama veio ao museu para substituir as caligrafias e as pinturas em rolo que estavam expostas. Como de costume, estendemos uma esteira em frente à vitrina e dispusemos sobre ela as obras e suas respetivas etiquetas.

No início, quando fui incumbido desse servir, fazia tudo de coração; com o passar do tempo, porém, ela tornou-se um hábito e, por conseguinte, relaxei.

Justamente nesse dia, Meishu-Sama fez a seguinte observação: “A disposição de hoje não está muito boa…” Ele não se referia de maneira alguma à forma, mas parecia apontar a postura do meu espírito.

Como a palavra foi dirigida a mim, e estando as obras em disposição igual à de sempre, fiquei sem entender seu comentário. Meishu-Sama me perguntou:

— Você tem lido os meus Ensinamentos?
— Tenho.
— Então, o que está escrito na primeira página do livro “Coletânea de Assuntos sobre a Fé”?
— Refere-se ao sentimento sincero.
— Sinto que aqui não há esse sentimento.

Fiquei profundamente impressionado porque, pensando bem, no início, servia com muita seriedade, com o coração repleto de alegria, mas impercetivelmente, acabei caindo na rotina. Suas palavras foram um alerta para mim.

Um servidor do Museu de Arte

Reminiscências Sobre Meishu-Sama vol. 4

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