Devido à forte impressão causada pela leitura dos Ensinamentos, existe uma tendência de se depreciar tudo o que fora lido até então, considerando-se essas publicações pertencentes à Era da Noite.

Ficando presos apenas à orientação de lermos os Ensinamentos repetidamente, possivelmente acabamos achando que somente sua leitura é suficiente. Há quem chegue ao extremo de usar este argumento como pretexto para justificar a falta de interesse por outros tipos de livros.

Todos se surpreendiam com a erudição e a extraordinária memória de Meishu-Sama, que sempre nos incentivava a ampliar nosso conhecimento. Para ele, a sede de saber é o dom Divino que o homem possui. Em especial, sinto que ele se entusiasmava grandemente com a possibilidade de aprender cada vez mais. Nos seus últimos anos de vida, por mais atarefado que estivesse, não só ouvia rádio, como lia mais de dez jornais diariamente, além de publicações sobre os mais diversos assuntos – arte, arquitetura e outros- com um entusiasmo raramente visto nas outras pessoas.

Certa vez, um dos servidores vinha agindo fora do bom senso. Então, indagado por Meishu- Sama se estava lendo os Ensinamentos, ele respondeu: “Sim, leio diariamente, repetidas vezes.” E Meishu-Sama prosseguiu: “Tem lido outros livros além dos nossos?” Diante da resposta negativa, Meishu-Sama disse: “Já sabia! Não deve ser assim. No seu caso, leia, em primeiro lugar, as publicações que não sejam da nossa Igreja e, em segundo, os Ensinamentos.”

Um presidente da Igreja

Reminiscência sobre Meishu-Sama vol.4