As Igrejas se preocupam algumas vezes quando, contrariando as expectativas, a difusão se processa com lentidão. Ao invés de aguardar pacientemente, procuram promover atividades empregando métodos coercitivos. Não raro, os que confiam apenas no julgamento humano malogram em seus esforços para que os outros compreendam os objetivos da Igreja Messiânica Mundial. Esquecem-se de que o próprio desenvolvimento espiritual tem uma importância primordial e que a Obra deve ser entregue à direção Divina.

Quando os trabalhos são dirigidos por Deus, não há perigo.

Desde a antiguidade, a obra missionária tem sido repleta de sofrimentos. Especialmente no cristianismo, encontramos muitos casos de martírios. Os missionários fizeram um grande esforço para propagar os ensinamentos de Jesus, alguns deles arriscando a vida em regiões incultas e hostis. Isso, na verdade, denota um espírito de valentia, mas muitos sofreram e se imolaram sem necessidade.

A história das religiões, tão rica em relatos sobre privações, difundiu a ideia de que o sofrimento é inevitável. Há membros da Igreja Messiânica Mundial que se esforçam excessivamente, procurando cumprir sua parte. Quanto mais se esforçam, mais se submetem a experiências decepcionantes.

Os métodos de coerção e de excessivo zelo foram empregados durante a Era das Trevas. Nossa religião pertence à Era da Luz. Os profetas do passado vaticinaram o advento do Paraíso na Terra, mas não indicaram de que modo ele se realizaria. Este é o objetivo ao qual nos dedicamos.

Encontramo-nos agora no alvorecer da Nova Era, e é chegada a hora de desempenharmos nossa parte como colaboradores de Deus, contribuindo para a realização de Seu Plano e para o estabelecimento de um mundo ideal, no qual prevalecerão o amor, a compreensão e a felicidade. Essa mudança, porém, deve antes ocorrer na mente e no coração do ser humano. Cada qual deve estabelecer dentro de si um estado de espírito celestial e feliz. Esse estado refletir-se-á, então, na família, na vizinhança e no país. Com o tempo, espalhar-se-á pelo mundo, e o Paraíso na Terra se tornará uma realidade.

Nada há de paradisíaco na laboriosidade ou no sofrimento. Quando da ministração do Johrei, por exemplo, há lares aos quais nos dirigimos com prazer e somos abençoados com maravilhosos resultados. Contudo, pode haver outros aos quais nos dirigimos com uma sensação de relutância, obtendo poucos resultados. Se não pudermos ir com um espírito de animação e alegria, será preferível não ir. Evidentemente, isso não deve ser nunca uma questão de decisão pessoal. Depois de alcançarmos certo grau de consciência espiritual, precisamos sempre procurar a orientação Divina.

O esforço humano impulsivo frequentemente produz tensões em nós e nos outros. É bom fazer planos. Nada de valioso podemos realizar sem eles, mas muitas vezes tentamos forçar sua realização, alcançando apenas resultados adversos. Quando somos guiados pelas Leis Divinas e não pelo intelecto humano, nosso progresso é rápido e supera todas as possíveis expectativas.

Consciente dessa verdade, quando algo não está correndo bem, detenho-me e entrego tudo a Deus. Quando retorno ao problema depois de algum tempo, tudo caminha favoravelmente.

Devemos seguir esse princípio em nosso trabalho. Ele, então, se torna um modo de vida simples, dirigido pelo Céu.

Meishu-Sama

Os Novos Tempos