O fato a seguir aconteceu no ano de 1952, pouco tempo depois da inauguração do Museu de Arte de Hakone.
Eu estava extasiado apreciando uma obra de arte exposta numa das salas do primeiro andar do museu e não notei o tempo passar. Quando dei por mim, os murmúrios à minha volta haviam cessado por completo. Pensando que já fosse hora do museu fechar, voltei-me para a porta da entrada e notei a presença de Meishu-Sama vestido à moda japonesa. Seu semblante descontraído ao entrar na sala, dava a impressão de ele estar vindo de um passeio pelos arredores. O local ficara silencioso porque os visitantes, após o aviso da vinda de Meishu-Sama, devem ter decidido sair do recinto, em sinal de respeito. E a, que permanecera ali, vacilava sobre como agir, mas não foi preciso muito tempo para que este sentimento desaparecesse.
Meishu-Sama estava acompanhando o Sr. Mussei Tokugawa e nem percebeu minha presença. Foi a minha salvação!
O próprio Meishu-Sama, que escolhera aquelas preciosas obras de arte, agora dava explicações sobre elas diante de meus olhos.
Um ministro
Reminiscências sobre Meishu-Sama vol. 4