Nem é preciso mencionar que Meishu-Sama era dotado de grande benevolência. O fato que se segue, ocorreu em 1950, quando ele foi considerado suspeito de sonegação de imposto. Certa manhã, por volta das seis horas, chegaram mais de dez policiais na residência de Meishu-Sama para uma busca domiciliar. Fui avisá-lo imediatamente. Com um tom de voz normal, ele disse: “Ah, é?”, e levantou-se. Logo em seguida, alguns dos investigadores entraram no aposento e iniciaram o interrogatório. Então, Meishu-Sama disse-lhes: “Se o problema for solucionado com a minha presença, eu vou. Coitados dos que estão presos!” Devido à suspeita de sonegação fiscal, que perdurava já há algum tempo, algumas pessoas estavam presas na delegacia de Shizuoka.

As palavras de Meishu-Sama deixaram os policiais atônitos e sem saberem o que fazer pois, antes de intimá-lo a comparecer à delegacia, Meishu-Sama disse que os acompanharia por sua livre e espontânea vontade.

Creio que o fato de conseguir levar Meishu- Sama reverteria em recompensa para aqueles policiais, portanto, logo mudaram de atitude. Que ódio senti ao ver aqueles sorrisos irônicos estampados no rosto deles como que se vangloriando da situação…

Dizendo: “Traga minhas roupas. Vou até lá”, Meishu-Sama se arrumou, mantendo a serenidade de sempre.

Um servidor

Reminiscências sobre Meishu-Sama vol. 4