Por várias vezes, observei que, ao receber visitas especiais no Museu de Arte de Hakone, Meishu-Sama as recepcionava com esmero e atenção em todos os sentidos. Preparava com antecedência não somente as obras a serem expostas, mas verificava se as placas explicativas estavam bem posicionadas, se não havia poeira nas vitrinas, etc. Ele próprio escolhia a pintura a ser exposta no tokonoma do segundo andar, o vaso ou o biombo adequados à ocasião e vivificava as flores. Às vezes, quando a situação exigia, ele mesmo apanhava a vassoura e fazia a limpeza do local.

Certo dia, inadvertidamente, preparei dois tipos de almofadas para as visitas no segundo andar do museu. Assim sendo, Meishu-Sama chamou minha atenção: “Quem se sentar na almofada mais confortável se sentirá bem, mas o mesmo não acontecerá com aquele que se sentar na outra almofada, não acha?” Imediatamente, procurei substituí-las.

Ele sempre nos ensinava: “Esforcem-se para causar boa impressão às pessoas” e, como pudemos verificar, o próprio Meishu-Sama praticava o que dizia.

Um servidor do Museu de Arte

Reminiscências sobre Meishu-Sama vol. 4