Variedade Nas Refeições – Parte 7

Meishu-Sama era muito exigente. No caso da cebolinha, por exemplo, havia determinado o comprimento do corte para cada tipo de prato. Creio que com isso ele queria que eu me mantivesse atento ao que fazia. Mesmo assim, gostava de quase tudo e saboreava a comida dizendo que estava gostosa. Nos seus últimos anos de vida, não tinha problemas digestivos e se alimentava bem, sem haver necessidade de mudar o tempero. Ele comia com incrível rapidez, até no caso de refeição ocidental completa.

Meishu-Sama tomava três tacinhas de saquê todas as noites e gostava de vinho seco. Não comia em excesso aquilo de que gostava, mas balanceava sua dieta com alimentos de origem animal e vegetal. Eu lhe apresentava o cardápio, combinando os pratos à base de vegetais com as carnes, mas notava que ele se servia baseando- se também no valor calórico.

Frequentemente, eu lhe preparava lanches, compostos de doces de que ele gostava, como o kintsuba⁷ e bolo.

“O que é comprado fora é destituído de amor, mas aquilo que é preparado em casa está impregnado do sentimento de amor para comigo e, por isso, é delicioso”, dizia Meishu-Sama. Assim, saboreava com muito prazer tudo o que preparávamos.

Diante dos convidados, nunca desfazia do que era preparado em casa. Normalmente, as pessoas oferecem algo às visitas, dizendo: “Sirvam-se, apesar de não estar muito gostoso…” Entretanto, Meishu-Sama dizia: “Sirvam-se, pois, as iguarias da minha casa são deliciosas.” Como cozinheiro, achava aquelas palavras realmente gratificantes.

Um servidor

Reminiscências sobre Meishu-Sama vol. 4

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