Quando trabalhava no comércio, Meishu-Sama ia frequentemente ao cinema. Contudo, desde que iniciou a vida religiosa, durante os primeiros dez anos, que foram os mais difíceis, havia deixado completamente de fazê-lo.

Meishu-Sama provavelmente recomeçou a ver filmes por volta do outono de 1938, enquanto aguardava pacientemente o momento de voltar às atividades do tratamento terapêutico de nossa Igreja, que haviam sido proibidas pelas autoridades.

Certo dia, após assistir ao filme “A batalha de verão de Osaka”, Meishu-Sama disse: “Realmente, é um ótimo filme. Fiquei admirado com o rápido progresso alcançado pelo cinema japonês. Vocês têm que assistir a este filme.” Até hoje, lembro-me nitidamente que ele nos deu alguns trocados e fomos vê-lo. Várias cenas
ainda estão gravadas em minha mente.

Quando o tratamento terapêutico foi liberado, as atividades da Obra Divina, como o Johrei e o Curso de Formação de Novos Membros, foram reiniciadas, e os dias 5, 15 e 25 foram determinados para descanso. Nessas folgas, Meishu-Sama geralmente saía com Nidai-Sama para fazer compras e assistir a pelo menos dois filmes. Depois disso, jantavam em algum restaurante e voltavam para casa. Outras vezes, eles iam exclusivamente ao cinema.

Naquela época, Meishu-Sama dizia frequentemente: “Em todos os cinemas, não há nenhum espectador de idade tão avançada quanto eu.” Realmente, isso era verdade, e pude sentir sua paixão incomum pela sétima arte.

Um servidor

Reminiscências sobre Meishu-Sama vol. 4