Meishu-Sama não gostava em absoluto quando nos faltava ânimo. Sempre que eu ou os servidores, sem percebermos, ficávamos pensativos e deprimidos, Meishu-Sama nos perguntava: “Por que estão com essa cara? Nosso lar é paradisíaco, portanto, devem manter uma fisionomia alegre.”

Às vezes, por motivos particulares, eu queria voltar a Nagoya, mas relutava em dizer a Meishu- Sama. Essa indecisão, presumo eu, transparecia na minha fisionomia. Então, ele me perguntava:

– Há alguma coisa que a preocupa?

– É que eu gostaria de ir a Nagoya.

– Se é isso, não precisa ficar preocupada. Vá e volte quando quiser.

Meishu-Sama era uma pessoa fantástica: jamais se opunha quando dizíamos que queríamos fazer algo. Às vezes, quando uma dedicante era repreendida e logo dizia: “Compreendi. Daqui por diante, tomarei mais cuidado”, ele respondia: “Se entendeu, está bem” – e, rindo, encerrava o
assunto. Ele também não gostava de ouvir lamentações e de ver pessoas desanimadas. Uma vez em que tomávamos a refeição juntos, ele me disse o seguinte: “Dentro em breve, vou ser ‘rei’ de algum lugar”. Então, perguntei: “É verdade?”, e ele respondeu brincando: “É, sim. Como você é a irmã mais nova da minha esposa, vou lhe providenciar duas ou três damas de companhia.” Ele era uma pessoa que gostava sempre de uma atmosfera alegre.

Uma familiar

Reminiscências Sobre Meishu-Sama vol.4